São Paulo – A Câmara de Comércio Árabe-Brasileira promove em 3 de maio uma palestra do reitor da Universidade Saint-Esprit de Kaslik (Usek), o professor e padre Georges Hobeika (foto acima), e o lançamento do Projeto de Memória da Imigração Sírio-Libanesa no Brasil. A Usek é uma universidade libanesa. O encontro ocorre na sede da entidade, às 17h30.
O projeto tem por objetivo levantar documentos que componham a memória da imigração sírio-libanesa no Brasil, como fotografias, cartas, certidões, jornais e revistas, e digitalizá-los. É uma iniciativa da Biblioteca e do Centro de Estudos e Culturas da América Latina (Cecal) da Usek, que será levada adiante em parceria com a Câmara Árabe.
“O professor Hobeika, além de ser reitor da Usek, apoiou de forma decisiva o projeto de Roberto Khatlab, de estabelecer o programa de digitalização de documentos sobre a imigração sírio-libanesa ao Brasil, projeto este que conta com total colaboração da Câmara Árabe”, afirma Riad Younes,vice-presidente de Marketing da Câmara Árabe.
Roberto Khatlab é diretor do Cecal e acompanhará Hobeika em sua viagem ao Brasil. Riad Younes esteve no Líbano em fevereiro deste ano e assinou convênio entre a Câmara Árabe e a Usek que estabeleceu a colaboração da entidade neste projeto.
“O evento do dia 3 de maio será o pontapé oficial da colaboração entre a Câmara Árabe e a Usek, além de estreitar as relações acadêmicas e culturais da entidade com a universidade, que é uma das mais tradicionais no Líbano”, disse Younes à ANBA.
A palestra e o lançamento serão voltados para a diretoria da Câmara Árabe, além de lideranças das comunidades síria e libanesa no Brasil que tenham interesse no tema do projeto.
Hobeika apresentará sua visão sobre a iniciativa, além de possibilidades de colaboração entre a Usek e entidades brasileiras, com o objetivo de abrir um canal de comunicação. Serão mostrados os objetivos, métodos e perspectivas do projeto para tentar engajar os presentes no seu desenvolvimento e êxito.
Pelo acordo entre a Câmara Árabe e a Usek, a universidade fornecerá os equipamentos e treinamento na área e a entidade disponibilizará a equipe para levantar o material sobre a imigração junto aos sírios e libaneses no Brasil. Os arquivos ficarão na Usek, mas a Câmara Árabe e pesquisadores brasileiros poderão acessar.
Younes explica que a Câmara Árabe tem objetivos que ultrapassam o comércio e os negócios entre o Brasil e os países árabes. “A diretoria acredita que o estreitamento das relações culturais e acadêmicas entre brasileiros e árabes aproxima os dois povos e facilita o intercâmbio de pessoas, ideias e experiências, base fundamental em qualquer relação comercial”, afirma Younes.
O vice-presidente de Marketing da Câmara Árabe afirma que o projeto de memória da imigração criará uma sólida base de dados. “Certamente propiciará melhor entendimento cultural entre Brasil e Mundo Árabe, e consequentes vínculos e parcerias em todos os níveis, inclusive comerciais”, diz.