São Paulo – A turbulência nas economias brasileira e dos países vizinhos da América Latina, destino histórico das máquinas e equipamentos para a indústria plástica produzidos pela Pronatec Equipamentos, fez com que a empresa virasse os olhos para o outro lado do Oceano Atlântico. Exportar para o Norte da África e os países do Oriente Médio passou a ser um objetivo de curto prazo – e os primeiros passos para alcançá-lo já foram dados pela empresa de São Paulo.
Na semana passada, o gerente de vendas Arnaldo Palermo participou da rodada de negócios do Projeto Comprador do Programa Brazil Machinery Solutions (BMS), parceria da Agência Brasileira de Promoções de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) com a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Uma das reuniões foi com o egípcio Sayed Morsy, único árabe que aceitou o convite da organização para participar da Plástico Brasil 2017.
“O Morsy compra muita máquina da Ásia e distribui pela região. A empresa dele é muito forte, tem muitos negócios principalmente no Norte da África”, diz Palermo, que participou da primeira reunião com um comprador árabe. “Já faz algum tempo que tentávamos descobrir como contata-los. Há anos temos interesse, mas não sabíamos como dar esse primeiro passo”.
O gerente admite que a missão não é nada fácil. Na região precisaria competir com as máquinas asiáticas, em especial as chinesas, que levam uma grande vantagem na questão do preço. “As nossas máquinas, porém, têm qualidade e fornecemos suporte diferenciado”, explica.
Outro ponto que joga contra são os desafios logísticos, uma vez que o custo do frete é elevado. Tanto que Palermo nem pensa em exportar apenas componentes, mas máquinas completas.
A Pronatec, sediada na zona oeste de São Paulo, tem cerca de 60 funcionários e um amplo portfólio de máquinas especiais para a indústria de embalagens flexível e de papel. O gerente não revelou o faturamento, mas admitiu que menos de 10% provém do mercado externo – segundo ele, o ideal seria alcançar 30% das receitas com exportações.
“Temos um histórico de exportações para Estados Unidos, Colômbia, Argentina. Na Plástico Brasil aproveitamos e conversamos com compradores de outras regiões, como o Egito e Rússia”, conta Palermo, que agora está debruçado sobre as cotações pedidas pelos compradores. “Foi uma participação muito positiva e agora esperamos retorno”.
Segundo a Apex-Brasil, os negócios gerados com o Projeto Comprador na Plástico Brasil deverão render US$ 30,680 milhões entre negócios fechados já na feira e outros encaminhados para os próximos 12 meses, incluídos aí todos os países participantes – além do egípcio, estiveram presentes compradores da Argentina, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Índia, México e Rússia. Foram promovidas 177 reuniões com 26 fabricantes do setor.
Contato
Pronatec – Arnaldo Palermo
Tel. + 55 (11) 3948-1881
E-mail: vendas@pronatec.com.br
Site: www.pronatec.com.br