São Paulo – O Oriente Médio perdeu participação nas exportações do grupo brasileiro Randon, controlador de dez empresas de veículos e implementos, autopeças e serviços financeiros, que tem matriz na cidade gaúcha de Caxias do Sul. A região saiu de uma fatia de 3,1% em 2017 para 2,7% em 2018. Como um todo, as vendas externas da companhia cresceram 35,7% em reais e 17,3% em dólares, para R$ 670,2 milhões e US$ 182,2 milhões, respectivamente.
Os maiores mercados da Randon no exterior são o Mercosul e o Chile, regiões que responderam por 42,4% da exportação em 2018. O Nafta foi o segundo maior destino, com 31,7% do total, e América do Sul e Central (exceto Mercosul e Chile) ficaram em terceiro lugar no ranking, com 13,8% do total. As duas primeiras regiões perderam participação nas exportações da Randon em 2018 sobre o ano anterior, mas a América do Sul e Central subiram 4,9 pontos percentuais, em função de vendas de semirreboques para Cuba e Peru.
A Randon tem uma joint-venture com a empresa egípcia Egypt Power, que recebe os semirreboques da empresa em CKD para que sejam montados e distribuídos localmente. De acordo com informações divulgadas pela Randon, o grupo teve receita de US$ 111,4 milhões com as operações no exterior como um todo, com aumento de 32,1% sobre 2017. A soma da exportação com a receita gerada no exterior ficou em US$ 293,7 milhões no ano passado.
O grupo teve receita bruta de R$ 6 bilhões em 2018, valor que significou um crescimento de 43,3% sobre 2017. A receita líquida consolidada também cresceu, em 45,1%, e alcançou R$ 4,3 bilhões. O lucro líquido foi de R$ 151,7 milhões. Em seu relatório, a Randon citou como fatores para aumento das receitas as vendas de autopeças no Brasil, impulsionadas pelo crescimento das vendas de caminhões e as exportações e operações no exterior.