São Paulo – O grupo Randon vai aumentar a sua capacidade em 8% a 10% até o final deste ano, de acordo com informações divulgadas pela companhia nesta terça-feira (9) durante apresentação dos resultados do terceiro trimestre do ano. De acordo com o executivo de Relações com Investidores, Emerson Fernando de Souza, o aumento de capacidade se dará pelo investimento de R$ 200 milhões previstos para este ano.
Até o final de setembro, quando terminou o terceiro trimestre, a empresa já havia investido R$ 111 milhões. “A outra boa parte dos R$ 200 milhões já está contratado e se não for agora (feito o investimento), será no começo de 2011 para dar suporte a um eventual crescimento no ano que vem”, afirmou o executivo. Atualmente a Randon opera acima dos 90% de capacidade na área de reboques e semi-reboques e ao redor de 90% em autopeças.
O grupo teve um terceiro trimestre de resultados positivos, tanto no mercado interno quanto nas exportações, e também apresentou bons números no acumulado do ano até setembro. “O mercado externo vem retomando ordens de venda e encomenda de produtos”, afirmou o diretor financeiro da Divisão Holding, Geraldo Santa Catharina. As exportações avançaram 49% no trimestre, para US$ 66,5 milhões, e 52,4% no acumulado do ano, para US$ 179 milhões.
"O país apresentou um bom crescimento econômico e reflexo disso foi o aumento das nossas vendas nos mercados, principalmente o doméstico”, disse Santa Catharina. O desempenho se refletiu no aumento da receita bruta, que chegou a R$ 1,49 bilhão no terceiro trimestre e R$ 4,08 bilhões de janeiro a setembro, com alta de 68,1% e 55,3% respectivamente. A receita líquida consolidada cresceu 65,5% no trimestre para R$ 984 milhões.
A Randon S.A. Implementos e Participações é controladora de nove empresas que atuam na fabricação de veículos, implementos, autopeças e em serviços financeiros. Além de produção no Brasil, a companhia tem operações em outros países, como Marrocos, Argélia e Egito, onde mantém linhas de montagem para seus produtos.
A empresa tem capital aberto negociado em bolsas de valores e as suas ações preferenciais tiveram valorização de 16,4% entre janeiro e setembro, segundo informações divulgadas pela companhia. Elas fecharam o mês de setembro cotadas a R$ 11,90. Nos nove meses houve volume médio diário de negócios de R$ 5,8 milhões contra R$ 3,3 milhões nos mesmos meses de 2009. No final de setembro, 40,6% das ações estavam nas mãos do grupo controlador, 27,4% com investidores institucionais e 21,7% com estrangeiros.

