São Paulo – Desde sua criação, em 2005, a Agência de Investimentos de Ras Al Khaimah (Rakia, na sigla em inglês), nos Emirados Árabes Unidos, atraiu 11 bilhões de dirhans (US$ 3 bilhões) em investimentos estrangeiros diretos para o emirado. Até 2013, a Rakia quer chegar a US$ 5 bilhões em investimento industrial. As informações são do jornal Gulf News, de Dubai.
"Este ano, esperamos receber US$ 500 milhões em investimento”, disse ontem (05) o CEO da Rakia, Khater Massaad, segundo o Gulf News. “Já registramos 600 empresas no primeiro semestre de 2010, e queremos registrar outras 600 no segundo semestre”, acrescentou. Em todo o ano passado, 600 novas companhias se afiliaram à organização. Segundo o CEO, mais de 6 mil empresas estão registradas na Rakia.
De acordo com Massaad, Ras Al Khaimah é um destino com boa relação custo-benefício para empresas estrangeiras, sem cobrança de imposto de renda, controle cambial, barreiras ou cotas comerciais. Há também a possibilidade de controle acionário total por empresas estrangeiras em zonas francas.
“Não falta energia elétrica na zona industrial”, disse ele. “O fornecimento de eletricidade do Departamento Federal de Eletricidade e Água [Fewa] é complementado por uma usina de 65 megawatts em Al Ghail e outra de 45 megawatts em Al Hamra”, afirmou o CEO. “Para os próximos três anos, há energia suficiente para a indústria”, declarou.
Segundo Massaad, os investidores indianos estão em primeiro lugar na lista de investidores diretos estrangeiros na zona industrial. Investidores do Kuwait, Arábia Saudita e países europeus também estão presentes.
O CEO da Rakia afirmou que a produção diária da RAK Ceramics, maior fabricante de cerâmica do mundo, é hoje de 10 mil peças de louça sanitária. A RAK Ceramics tem hoje pedidos de exportação para mais de 130 países, com fábricas em Ras Al Khaimah, Índia, China, Irã, Sudão e Bangladesh.
O gerente geral do departamento Offshore da Rakia, Peter Schuster, disse que as vantagens para investidores estrangeiros incluem isenção de imposto sobre ganhos de capital, imposto sobre valor agregado e imposto retido na fonte.
De acordo com Massaad, o Produto Interno Bruto (PIB) de Ras Al Khaimah em 2009 foi de US$ 4,3 bilhões, número que representou aumento de 14% sobre o ano anterior. “O PIB do emirado deve dobrar nos próximos cinco ou seis anos”, afirmou o CEO.
Massaad disse ainda que o crescimento de Ras Al Khaimah vem sendo impulsionado pelos setores industrial, de serviços, turístico, imobiliário e comercial.
*Tradução de Gabriel Pomerancblum

