Da redação
São Paulo – Há oito anos que nenhum caso da febre aftosa é registrado no rebanho bovino do estado de São Paulo, segundo informou ontem (02) o site do governo paulista na internet. Segundo o secretário da Agricultura, Duarte Nogueira, em novembro do ano passado, durante a última campanha de vacinação contra a doença, ocorreu a imunização de 99,42% do rebanho do estado que soma 14,4 milhões de cabeças.
Na avaliação de Nogueira, o país precisa aumentar os investimentos em sanidade animal para aumentar sua exportações. Na realidade o Brasil tornou-se já no ano passado o maior exportador mundial de carne bovina, deixando para trás a Austrália e os Estados Unidos.
No entanto, grandes mercados compradores, como os Estados Unidos, Japão, Coréia do Sul e Taiwan, impõem barreiras à importação de carne fresca brasileira, justamente por causa da aftosa.
Os representantes do setor, porém, dizem que a doença está controlada no país e que as barreiras sanitárias são, pelo menos em parte, mantidas com objetivos protecionistas.
Mas com a ocorrência de um caso do mal da vaca louca em uma fazenda no estado de Washington (EUA) no final do ano passado, vários países suspenderam a importação da carne norte-americana. Agora o Brasil procura ocupar esse espaço e tanto os empresários, quanto o governo brasileiro, já estão negociando a abertura dos mercados do Japão, Coréia, Taiwan e dos próprios EUA.
Os representantes do setor, no entanto, avaliam que dificilmente a abertura do mercado norte-americano ocorrerá ainda este ano, uma vez que vão ocorrer eleições presidenciais no segundo semestre e os políticos muito provavelmente não vão querer se indispor com os produtores locais.
Nogueira acrescentou que o estado de São Paulo está pronto para atender a demanda dos países que deixaram de importar carne dos EUA.

