São Paulo – A recuperação dos efeitos da pandemia de covid-19 está se intensificando nos Emirados Árabes Unidos apoiada pela resposta rápida e precoce do país nas áreas de saúde e econômica, segundo um relatório divulgado nesta quinta-feira (17) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI).
O organismo estima que o Produto Interno Bruto (PIB) real dos Emirados tenha crescido 2,2% em 2021 e aumentará ainda mais, 3,5%, em 2022. O preço do petróleo foi um dos fatores que impulsionou o desempenho do ano passado, com o PIB petrolífero avançando 3,2%, de acordo com o FMI.
O fundo atribui a recuperação também a políticas de apoio econômico contínuo do governo e à recuperação do turismo e da atividade doméstica relacionadas ao atraso da Expo 2020 Dubai. A exposição universal estava prevista para ocorrer no país em 2020 e foi postergada em um ano, começando em outubro de 2021.
O FMI também destaca as medidas tomadas pelos Emirados para conter a pandemia. “Os Emirados Árabes Unidos agiram rapidamente para lidar com os efeitos econômicos e de saúde da pandemia”, diz o relatório. O organismo cita a adoção de testes e outras medidas para limitar a propagação do vírus e a alta taxa de vacinação local.
“O apoio fiscal e macrofinanceiro proporcionou alívio a setores duramente atingidos, como as pequenas e médias empresas, as pessoas necessitadas e o sistema financeiro”, diz o fundo, detalhando que a maioria das medidas foram tomadas ao longo do último um ano e meio e algumas foram estendidas.
O Fundo Monetário Internacional projetou números favoráveis para a economia dos Emirados Árabes Unidos. O organismo estima que o déficit fiscal tenha ficado em 0,7% do PIB em 2021, cairá para 0,2% em 2022 e o país conseguirá pequeno superávit fiscal até 2024. O fundo afirma que isso reflete os ganhos de receita com os preços altos do petróleo, maior crescimento econômico e modestos esforços de reforma fiscal.