São Paulo – A renda agrícola das principais lavouras do Brasil deverá chegar este ano a R$ 160,6 bilhões, um aumento de 16,1% em comparação com o ano passado. A estimativa é da Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura e foi divulgada ontem (10).
Os maiores aumentos, segundo o ministério, deverão ocorrer nas culturas de feijão (82,1%), cebola (61,4%), trigo (48,2%), amendoim (41,2%), soja (30,6%), milho (30,2%) e café (20,4%). Além dessas, devem ter bom desempenho também a rendas das lavouras de arroz (10,6%), laranja (11%), cacau (9%), batata (4,7%) e banana (4,3%).
O coordenadoor de Planejamento Estratégico do ministério, José Garcia Gasques, disse, segundo nota do órgão, que o crescimento é resultado de uma combinação do aumento do preço dos produtos e das quantidades colhidas.
Outras culturas, como cana-de-açúcar, uva, algodão e pimenta-do-reino, têm perspectivas de queda na renda, de acordo com o ministério.
Segundo a pasta, o valor da renda agrícola é obtido multiplicando a quantidade produzida pelo preço pago ao produtor rural. Os dados são obtidos a partir dos levantamentos mensais feitos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em termos geográficos, a região Centro-Oeste do país – onde estão os estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás – deverá ter o maior ganho de renda este ano, de 44,3% de aumento real para R$ 40,5 bilhões.
De acordo com o ministério, as regiões Sul e Sudeste deverão ter também desempenhos “expressivos”, no Nordeste a renda deverá crescer 2,1% e no Norte é esperada uma redução de 5,1%.

