São Paulo – O Brasil está em processo de retomada econômica e isso significa uma oportunidade para o reforço das relações entre o País e as nações árabes. Apresentando uma perspectiva positiva para o futuro do relacionamento entre as duas regiões, o presidente da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Rubens Hannun, abriu o Fórum Econômico Brasil & Países Árabes, nesta segunda-feira (02), no Hotel Unique, na capital paulista.
“O Brasil volta a oferecer uma gama de oportunidades de negócios”, afirmou Hannun, sobre as possibilidades que se abrem para os árabes no mercado brasileiro, a partir de uma economia fortalecida. Ele afirmou que é fundamental que as empresas brasileiras não abandonem o espaço que já conquistaram nos países árabes neste momento.
O presidente da União Geral das Câmaras Árabes, Nael Kabariti, que também falou na abertura do fórum, citou uma série de projetos que podem ser desenvolvidos de forma conjunta entre o Brasil e os países árabes e sugeriu a criação de um banco árabe-brasileiro com um grande capital, para que possa atender projetos de necessidade dos dois lados.
Kabariti disse que a cooperação entre árabes e brasileiros tem grandes perspectivas, mas que hoje não condiz com as capacidades econômicas das duas regiões. Ele acredita que há potencial para cooperação em turismo, tecnologia, energia, serviços, halal, entre outras áreas, e que é preciso explorar as tecnologias, as comunicações e o comércio eletrônico.
“Há o Brasil com suas capacidades em tecnologia por um lado, e os árabes com seus anseios de desenvolvimento por outro”, disse Kabariti para um público com mais de 600 pessoas, formado por empresários, executivos e lideranças na área de comércio exterior.
Os participantes ouviram de Hannun também sobre o potencial de consumo que o mercado árabe possui, com 400 milhões de pessoas. No ano passado, o Brasil e a região tiveram uma corrente comercial de US$ 20 bilhões. O presidente da Câmara Árabe afirmou que Brasil e países árabes têm economias complementares. “O crescimento dessa relação econômica e comercial é sustentável pela complementariedade”, disse Hannun.
Na abertura do fórum, o público fez um minuto de silêncio em memória aos mortos da Faixa de Gaza. Além de participantes do Brasil, o encontro conta com mais de 100 pessoas de países árabes, como o próprio Kabariti, os embaixadores árabes no Brasil e outras lideranças.