São Paulo – Quer encerrar o ano bem? E atrair prosperidade para 2011 no melhor estilo árabe? Então pode caprichar no cardápio repleto de sabores das arábias. Além de encher o coração de bons sentimentos, evidentemente. Quem ensina o que não pode faltar numa mesa com esse perfil são três craques nesse tipo de cozinha, de três casas respeitadas da capital paulista. Todos, aliás, gostam de celebrar o réveillon na companhia da família e dos amigos, de preferência degustando delícias que lhes foram apresentadas ainda na infância.
“Os árabes são gulosos, comem muito, gostam de resolver as coisas e celebrar a vida em torno da mesa”, diz o chef Samir Moysés, do restaurante Folha de Uva. “Não poderia ser diferente no Ano Novo”. Segundo ele, numa boa ceia de réveillon à moda árabe tem que ter “um belo carneiro e charutinho de folha de uva”. “Na minha casa, não falta nunca. Aproveito para fechar o restaurante e receber os amigos”, diz. “É uma forma de retribuir o carinho recebido nos últimos 12 meses”.
De acordo com Moysés, as lentilhas são parte da receita para atrair fortuna. Para fechar, sobremesas como o malabi, manjar com damasco. “É para que a doçura do damasco se repita ao longo de todo o ano que vai nascer”, ensina.
Outra lembrança que o chef guarda com carinho entre as tradições de sua família para o 31 de dezembro está o hábito de preparar a ceia para um número superior ao dos convidados. “A ideia é dividir a comida com mais pessoas. Se chamo 20, cozinho para 30, 40”, explica.
Neta de libaneses e proprietária da rede Arábia de restaurantes, Leila Youssef Kuczynski elege pratos como o cordeiro assado e o pernil de cordeiro como iguarias essenciais para a última noite do ano. Destaque ainda para frutas secas, romã e castanhas. “Na minha família o cordeiro recheado é muito importante”, explica ela. “Minha mãe sempre fazia”. Tais iguarias, claro, não podem faltar na ceia do Árabia, que funciona no dia 31, com preços entre R$ 144 e R$ 170 por pessoa, de acordo com o cardápio escolhido.
Também fiel às suas origens, a proprietária do Tenda do Nilo, Olinda Isper, não dispensa uma bela ceia árabe para o réveillon. Nascida no Líbano, mas naturalizada brasileira, ela divide o negócio com a irmã, Xmune. E é com ela e vários outros parentes que a empresária vai estar na próxima sexta (31), ao redor da mesa.
“Teremos carneiro, charuto de uva, várias pastas árabes”, conta Olinda. “Tudo bem típico”, diz. A empreendedora cita ainda outro costume muito comum entre os filhos da comunidade. “Para os árabes, casa sem fruta não é casa”, afirma. “Tenho um irmão que, para a ceia da família, compra sempre quilos e quilos de fruta, com muita uva e fruta do conde, tudo muito saboroso e farto”, explica ela, resumindo a receita árabe para o jantar que há de encher de energia e sabor os próximos 12 meses.
Serviço:
Arábia:
http://www.arabia.com.br/site
Folha de Uva:
http://www.folhadeuva.com/
Tenda do Nilo:
http://www.tendadonilo.com.br/