São Paulo – Uma iniciativa garantiu US$ 2 bilhões em financiamento para enfrentar secas ao redor do mundo no dia de abertura da COP16, conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre desertificação que começou nesta segunda-feira (2) e vai até 13 de dezembro em Riad, na Arábia Saudita.
O presidente da COP16, Abdulrahman Abdulmohsen Al-Fadhley, anunciou a parceria, que terá US$ 2 bilhão do Banco Islâmico de Desenvolvimento (IsDB) e US$ 1 bilhão do Fundo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para o Desenvolvimento Internacional, somados aos já US$ 150 milhões disponibilizados pela Arábia Saudita. O lançamento da parceria teve a liderança saudita. Al-Fadhley também é ministro do Meio Ambiente, Água e Agricultura da Arábia Saudita.
De acordo com notícia publicada no site do jornal saudita Arab News, a seca se tornou persistente para grande parte do mundo, aumentando em quase 30% nas últimas duas décadas e atualmente respondendo por 15% de todos os desastres naturais enfrentados pelo mundo. Até 2050, três em cada quatro pessoas no planeta podem ser afetadas pela seca, de acordo com dados compartilhados na abertura da COP16.
Países islâmicos
Falando na conferência, o presidente do IsDB, Muhammad Al-Jasser, disse que dos 10 países mais expostos à seca em 2024 no mundo, seis são membros do Banco Islâmico de Desenvolvimento. Um representante do Fundo da OPEP para o Desenvolvimento Internacional afirmou que o compromisso assumido reflete uma determinação da organização em apoiar soluções proativas que restaurem terras degradadas, fortaleçam a resiliência e melhorem o bem-estar de comunidades vulneráveis.
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