São Paulo – O Rio-à-porter, salão de negócios de moda e design realizado este mês no Rio de Janeiro, movimentou R$ 526 milhões em negócios. O evento, que ocorreu paralelamente aos desfiles do Fashion Rio, reuniu mais de três mil compradores nacionais e internacionais. Em exportações, foram fechadas vendas no valor de US$ 18,5 milhões, 17% a mais que na última edição de 2009.
De acordo com as empresas Luminosidade e Francal Feiras, organizadoras do evento, 85 mil pessoas circularam pelo Cais do Porto, local onde aconteceram o salão de negócios e os desfiles. Entre os visitantes, 250 eram novos compradores.
Representantes internacionais de diversos países, como Emirados Árabes, Líbano, Estados Unidos, França, Portugal, Holanda, Austrália, Japão, Reino Unido e África do Sul participaram do evento.
Entre as 169 grifes expositoras, as empresas Cantão e Lanno, por exemplo, apostam nos contatos realizados no Rio-à-Porter para aumentar as exportações. A marca Lanno, de acessórios, superou em 50% o volume de negócios realizados nos dois primeiros dias do evento em relação à edição passada. A empresa fechou pedidos de vendas para os Estados Unidos, Alemanha, Turquia e Líbano.
O volume de negócios gerados no evento superou em 40% o total do ano passado. O número de expositores também cresceu, saindo de 150 para 169. Segundo dados dos organizadores, 60 expositores ficaram na lista de espera para participar do salão de negócios.
Pelo programa Texbrasil, criado pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), para promover o setor no exterior, vieram 30 compradores internacionais, entre eles os dos países árabes, que estão entre os destinos alvos do projeto para promover a moda brasileira.
Para este ano, o projeto Texbrasil tem como objetivo exportar US$ 572 milhões no setor de moda, envolvendo 1.174 pequenas e médias empresas brasileiras. De janeiro a dezembro de 2009, as exportações do setor geraram receita de US$ 1,7 bilhão. Os maiores mercados compradores foram Argentina, Estados Unidos, Paraguai, México e Venezuela.

