São Paulo – Criada no segundo semestre de 2024, a Invest RS, agência para promover o desenvolvimento e a atração de investimentos ao Rio Grande do Sul, busca parcerias para desenvolver projetos em 12 setores da economia gaúcha. Na terça-feira (19), o vice-presidente da Invest RS, Eduardo Lorea, apresentou os planos da instituição ao vice-presidente de Relações Internacionais e secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Mohamad Mourad.
Também esteve no encontro a diretora de Relações Institucionais da Câmara Árabe, Fernanda Baltazar. A gerente de estratégia da Invest RS, Lucila Pellegrini, entrou em reunião online com os participantes da reunião.
Lorea fica no recém-inaugurado escritório da Invest RS em São Paulo, cidade em que a agência planeja realizar ações de atração de investimentos nos próximos meses. Ele apresentou setores que são prioridades para a agência: transição energética; cadeia agropecuária; automotivo; silvicultura, papel e celulose; máquinas, equipamentos e semicondutores; fertilizantes; cadeia petroquímica; máquinas agrícolas; produtos e serviços digitais; produtos regionais de nicho; turismo e saúde.
“A parceria [do Rio Grande do Sul] com os países árabes já é significativa, sobretudo nos alimentos, com exportação de carne de frango, bovina, e importação de fertilizantes. Mais setores podem ser trabalhados, como o energético, um tema que é muito caro aos países árabes”, afirmou Lorea à ANBA após a reunião.
Lorea afirmou que o Rio Grande do Sul tem um grande potencial de desenvolvimento de energia eólica, dispõe de recursos hídricos e de espaço para investimentos no setor. O estado tem iniciativas de incentivo à produção de hidrogênio verde e deverá, em breve, lançar incentivos para investimentos em biocombustíveis. Disse, também, que há oportunidades na indústria e no agronegócio.
“O Rio Grande do Sul historicamente é um dos estados mais ricos do Brasil, mas que passou por uma situação fiscal muito difícil nas últimas duas décadas. Neste período, o estado perdeu a capacidade de investimentos e, por consequência, de atrair investimentos. Recentemente, nos últimos cinco anos, o estado conseguiu fazer as reformas administrativas que permitiram a recuperação da situação fiscal e voltar a ter capacidade de investimento e nesse sentido, também de atração de investimentos. A Invest foi criada para catalisar este processo”.
Baltazar e Mourad afirmaram que podem apoiar as iniciativas do estado em se reunir com potenciais parceiros. A Autoridade de Água e Eletricidade de Dubai (Dewa), disse Baltazar, busca ampliar os contatos com instituições brasileiras e estará representada, em novembro, na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30). “Podemos ajudar a articular uma agenda com eles”, disse a executiva da Câmara Árabe.
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