São Paulo – Um robô de 2,60 metros de altura que dança, fala e interage com o público está conquistando o mundo árabe. Criado ao longo de cinco anos e patenteado em 2009 pelo designer soteropolitano Lei Almeida, o Robozão estreou no carnaval de Salvador, na Bahia, e hoje participa de shows, eventos corporativos e feiras de diversos setores pelo Brasil e em mais de dez países, como Estados Unidos, Panamá, Barbados, Anguilla, Santa Lúcia (no Caribe), Paraguai, Uruguai, Argentina, Chile, Itália, e mais recentemente, nos Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita (foto acima).
“Estivemos uma vez em Dubai no ano passado para um evento da Naffco, uma empresa de extintores e combate a incêndios, a maior dos Emirados, por uma semana. E já estamos com viagem marcada para voltar em janeiro do ano que vem, para uma feira de segurança”, contou Almeida.
O Robozão é poliglota. No evento em Dubai, ele falou em inglês e árabe, e na Arábia Saudita, em árabe. “Fazemos falas para ele em qualquer idioma através de um software”, explicou o criador.
O personagem esteve em duas ocasiões na Arábia Saudita. “Fomos em 2018 para participar do show de encerramento de uma corrida de camelos muito tradicional, perto de Riad. Houve uma recepção e participamos do show de dança típica, aquela com espadas e tambores, a dança dos beduínos. Foi um sucesso incrível. O Robozão conheceu até o príncipe [Mohammed bin Salman]! Estamos em negociação para participar novamente no ano que vem”, contou Almeida.
Em março deste ano, o Robozão passou um mês fazendo ações de entretenimento em dez shopping centers para uma rede de shoppings saudita, entre Riad e Jeddah. “O Robozão tem tudo a ver com o povo árabe, a expressão corporal, musical e da dança fazem uma conexão divertida. É impensável porque é uma cultura tão diferente, mas ele fez a conexão do Brasil com a cultura árabe”, relatou.
De acordo com Almeida, os Emirados e a Arábia Saudita foram os países mais distantes e diferentes para os quais o Robozão já viajou. “O contato com a cultura tão diferente e a surpresa com a receptividade foram as coisas que mais me impressionaram nesses países, o tempo inteiro eles querem te receber bem, tratam bem. Senti isso ainda mais forte na Arábia Saudita, porque Dubai é mais cosmopolita”, declarou.
A performance do Robozão costuma ter uma abertura com movimentos robóticos, até que ele começa a dançar de forma mais solta, humanoide, e quebra o gelo com a música, que varia entre canções brasileiras, do pop internacional e do país em questão, no caso, árabes.
Para atender a demanda atual de eventos internos e no exterior, Almeida conta com quinze Robozões. Cada um deles viaja com uma equipe de três pessoas. “Vamos em avião comercial mesmo, eu desenvolvi e patenteei embalagens para que ele viaje junto com a equipe, para facilitar a logística”, explicou Almeida. O robô é desmontado e viaja em cinco caixas junto com o time que o opera. Uma pessoa é da produção e organiza o evento e a logística. As outras duas operam o personagem. São dançarinos treinados para atuar com o robô, sendo que um fica atrás dele, mimetizando seus movimentos e operando um controle manual.
Mas Almeida deixa a dúvida no ar: então tem uma pessoa dentro do personagem? “Eu criei o Robozão com a finalidade de inspirar, encantar as pessoas, ele é divertido, deixa todo mundo sorrindo, quero que as pessoas se inspirem pela tecnologia dele”, desconversou.
O robô é feito de plástico, fibra de vidro e metais. É possível fazer adesivagem própria para cada cliente. Na corrida de camelos, o personagem estava com adesivos dourados, e no evento em Dubai, foi estampado com a cor vermelha e o logo da empresa contratante. O Robozão já tem até música própria e mascotinhos, um mini-Robozão de 30 centímetros que é distribuído nos eventos de que participa. Veja abaixo alguns vídeos do personagem.
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O personagem na Arábia Saudita
Robozão em Dubai – Naffco
Canção própria – Boomboom Dance