São Paulo – Quem chega de outros estados ou países na capital paulista não precisa entrar em algum restaurante ou hotel badalado de muitos andares para ver a cidade do alto. Basta se deslocar para a região Noroeste que, no meio de uma área de verde denso, encontrará o ponto mais alto de São Paulo, o Pico do Jaraguá, com 1.135 metros de altitude. “O Pico do Jaraguá e a Pedra Grande, na Cantareira, são as duas melhores vistas da região metropolitana”, afirmou o diretor executivo da Fundação Florestal, Luis Fernando Rocha.
A Pedra Grande é um mirante no Parque Estadual da Cantareira e a Fundação Florestal é o órgão da Secretaria Estadual de Meio Ambiente responsável pelas florestas no estado. O Pico do Jaraguá é um morro dentro do Parque Estadual do Jaraguá, um dos últimos remanescente de Mata Atlântica da região metropolitana de São Paulo. São 493 hectares, dos quais 35 são de uso público, ou seja, que pode ser acessado pela população e os turistas.
De acordo com Rocha, o local recebe cerca de 500 mil pessoas ao ano. Como não há catracas ou controle de acesso no parque, a Fundação Florestal não tem dados precisos sobre o perfil dos visitantes. O diretor executivo da instituição afirma, porém, que o Parque Estadual do Jaraguá recebe tanto moradores da cidade de São Paulo como turistas do Brasil e exterior. Os estrangeiros vêm principalmente dos Estados Unidos e América Latina, de acordo com Rocha.
No parque um dos principais atrativos é a vista do pico. Em cima do morro do Jaraguá há um mirante de concreto no qual é possível chegar subindo algumas dezenas de degraus de uma escadaria. Lá, não há uma estrutura turística, apenas poucos banquinhos para tomar um fôlego para a descida. O bom mesmo é a vista. Embaixo, nas proximidades, se vê a floresta densa do parque, e mais distante algumas das rodovias de acesso às zonas principais da região central de São Paulo, e a cidade em si, com seus muitos prédios e casas.
Na área do parque há outras atrações, como alguns brinquedos para crianças, uma área de lazer, com churrasqueiras, locais para ginástica, há um lago, uma bica d’água, entre outros atrativos. Muitas famílias das redondezas costumam passar os domingos no parque. Nas áreas de floresta mais fechada é possível ver animais, como macacos e diversos tipos de aves. Há quatro opções de trilhas para fazer, a menor de 20 minutos e a maior com duas horas e meia. O parque dispõe de guias para trilhas monitoradas, mas o serviço deve ser agendado.
Desde a região da cidade que dá acesso à entrada do morro há uma estrada asfaltada sinuosa e em aclive. É possível subir de carro até o acesso ao pico do Jaraguá, mas alguns paulistanos fazem da subida – e na volta da descida – um local de caminhada ou mesmo de ciclismo. Mas é preciso caminhar no acostamento, que é pequeno, e ficar de olho nos carros que sobem e descem. Lá em cima não há um estacionamento oficial para os visitantes e as vagas para os carros, no entorno da estrada, são bem disputadas.
Lanches? Só há alguns quitutes para vendas, como picolés ou doces, e bebidas como água ou refrigerantes. Se for passar várias horas, melhor levar uma boa merenda. O diretor executivo da Fundação Florestal afirma que o órgão está fazendo um planejamento para todos os parques e partir dele serão definidas ações e melhorias.
A área de uso público do Parque Estadual do Jaraguá fica aberta para visitação todos os dias, das 7h às 17h. Os agendamentos com os guias devem ser feitos na sede administrativa do parque, das 8h às 17h, pelo telefone +55 11 3945- 4532.
Serviço:
Parque Estadual do Jaraguá
Estrada Turística do Jaraguá s/n
São Paulo – SP
Informações: +55 11 3945-4532
Site: www.ambiente.sp.gov.br/parque-estadual-do-jaragua/


