São Paulo – Eles já exportam para mulheres da Bolívia e da Guiana Francesa o jeito mineiro de fazer moda. No caso deles, moda para os pés. Com planos de ir além e vender mais para fora do Brasil. Os árabes estão na mira, com alguns contatos sendo encaminhados. À frente da Cláudia D’Ávila, de calçados, o casal Milton e Cláudia D’Ávila produz modelos para mulheres desde 1986, em Ubá, a 300 quilômetros de Belo Horizonte.
“As exportações respondem hoje por 10% a 15% da nossa receita”, diz Cláudia. “Mas esse percentual pode crescer.” Segundo ela, há bem pouco tempo um empresário de origem árabe esteve em Ubá interessado em importar móveis, tendo tomado conhecimento dos sapatos das grife e demonstrado interesse. “Mandamos um catálogo de fotos dos nossos produtos, os árabes nos interessam”, afirma.
A produção da marca é de 10 mil pares de sapatos por mês. No Brasil, a maior parte das vendas é feita para os estados do Sudeste, Centro Oeste e Nordeste. De acordo com Cláudia, são quatro coleções diferentes lançadas por ano, duas para o inverno e duas para o verão. Ao todo, são 400 novos modelos colocados no mercado anualmente.
As novidades para a estação quente, aliás, estão sendo apresentadas na 44ª Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios (Francal), na capital paulista. O evento foi aberto nesta terça (26) e vai até o dia 29 de junho. “Nossas maiores apostas para o calor são as sandálias do tipo meia pata, com salto mais alto e frente igualmente alta”, explica Cláudia.
Além do cuidado com as tendências, os modelos assinados pela empreendedora fazem sucesso por seu acabamento artesanal. E pelo fator “Minas Gerais”, claro. “Nosso estado tem tradição em moda e artesanato”, afirma Milton. “Tudo o que fazemos sempre tem um toque diferenciado, um brilho, um bordado, uma cor, um detalhe”, diz ele. Todas características valorizadas pelas consumidoras e que ajudam a abrir portas dentro e fora do Brasil. As maiores apostas da grife para seguir crescendo aqui e lá.
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Cláudia D’Ávila
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