São Paulo – Uma parceria entre duas empresas, uma do Rio Grande do Sul e outra da Espanha, vai abrir mais mercado para a sardinha marroquina no Brasil. A empresa Leal Santos, que tem capital espanhol e sede na cidade gaúcha de Rio Grande, e a Jealsa Rianxeira, segunda maior empresa de pescados da Espanha, vão enlatar sardinhas e atuns no Rio Grande do Sul. Segundo o diretor da Leal Santos, Alexandre Llopart, o atum será fornecido pela própria Leal Santos e a sardinha será importada do Marrocos, país árabe do Norte da África.
"A qualidade da sardinha marroquina é boa e o preço é competitivo", explica Llopart. De acordo com o diretor, apesar de que, a princípio, a sardinha será buscada no Marrocos, a segunda opção de fornecimento será o próprio Brasil, que também produz o pescado. O atum será pescado pela Leal Santos, que mantém seis barcos de pesca no Sul e Sudeste do Brasil. Os produtos enlatados levarão a marca Crusoe, em referência ao nome da filial da Jealsa em São Paulo, a Crusoe Foods, que atuará na parceria pela companhia espanhola.
A Leal Santos é uma empresa antiga, fundada há 120 anos. O seu capital foi comprado pela espanhola Actemsa, em 2006. A empresa trabalhava até o momento apenas com atum, na pesca, limpeza e cozimento do produto. O atum era vendido embalado em bolsas plásticas para o enlatamento de terceiros e ia principalmente – mais de 90% – para exportação, para Argentina e Espanha. A partir do final do ano, no entanto, os produtos passarão a ser enlatados no Brasil. Llopart acredita que eles estarão no mercado entre novembro e dezembro.
O enlatamento será feito na própria estrutura da Leal Santos, que fica em uma extensão do Porto de Rio Grande. Devem ser produzidas ao redor de 15 a 20 toneladas de sardinha e cerca de 20 toneladas de atum. Em um primeiro momento, os enlatados serão vendidos no mercado nacional. No futuro, segundo Loopart, a empresa vai pensar em exportação.
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