São Paulo – A companhia de petróleo da Arábia Saudita, Saudi Aramco, anunciou nesta segunda-feira (12) pela primeira vez seus resultados financeiros semestrais, com lucro líquido de US$ 46,9 bilhões. Apesar do valor alto, houve queda de 11,5% sobre o mesmo período do ano passado, quando o lucro líquido ficou em US$ 53 bilhões. A notícia foi publicada na agência de notícias oficial saudita, Saudi Press Agency (SPA).
Segundo o presidente e CEO da empresa, Amin Nasser (foto acima), divulgar os resultados pela primeira vez, como parte da emissão de títulos internacionais de US$ 12 bilhões, foi um marco na história da Saudi Aramco. “Apesar dos preços mais baixos do petróleo no primeiro semestre de 2019, seguimos entregando lucros sólidos e forte fluxo de caixa livre, sustentados por desempenho operacional consistente, gestão de custos e disciplina fiscal”, afirmou ele.
O lucro antes de juros e impostos ficou em US$ 92,5 bilhões nos seis primeiros meses do ano, também abaixo dos US$ 101,3 bilhões do mesmo período de 2019. O fluxo de caixa livre, que é o quanto de saldo de caixa a companhia possui, no entanto, alcançou US$ 38 bilhões, acima dos US$ 35,6 bilhões de iguais meses do ano passado. De acordo com Amin Nasser, a produção foi mantida em 13,2 milhões de barris de óleo equivalente por dia.
O CEO da empresa afirmou que alavancando a sua força em upstreams – atividades de exploração e produção até o transporte para beneficiamento -, a empresa seguirá com sua estratégia de crescimento em downstream – logística que envolve o transporte refinaria até o consumo –, incluindo aquisições na Arábia Saudita e nos principais mercados internacionais. As aquisições devem melhorar a posição do petróleo saudita nos mercados, ajudar a aumentar a capacidade de refino e a produção de produtos químicos, a economizar e a diversificar as operações.
O presidente da companhia lembrou que a Saudi Aramco assinou acordo para assumir participação de 70% na Sabic, a Saudi Basic Indutries Corporation, que está entre as principais empresas petroquímicas do mundo em receita. “Este é um grande passo para a aceleração do crescimento em Downstream, através da integração do refino e da petroquímica, maximizando a rentabilidade de cada molécula que produzimos”, afirmou Nasser.