São Paulo – Um importador da Arábia Saudita estará entre os participantes da rodada de negócios que a Associação Brasileira da Indústria Farmoquímica e de Insumos Farmacêuticos (Abiquifi) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) promovem na próxima terça (22) e quinta-feira (24), na capital paulista.
Os encontros acontecerão no estande da Abiquifi na FCE Pharma, feira de tecnologia para o setor farmacêutico, que ocorre de 22 a 24 de maio no São Paulo Expo. Além do representante da Arábia Saudita, as rodadas terão importadores da Turquia, do Irã e do Chile.
De acordo com informações do secretário-executivo da Abiquifi, Norberto Prestes, o importador saudita é um distribuidor. A Arábia Saudita é considerada um polo de distribuição de produtos farmacêuticos para os países árabes, segundo Prestes.
Ele conta que o mercado árabe, em seu conjunto, é importante para medicamentos e seus insumos. “É uma população grande, e o Brasil tem boas relações diplomáticas com os países árabes, o que facilita esse comércio”, afirmou Prestes à ANBA.
Os importadores têm reuniões agendadas com empresas participantes do projeto que a Abiquifi leva adiante com a Apex-Brasil para promover a internacionalização do segmento. As companhias brasileiras serão 15, das áreas de produtos acabados e de insumos.
Entre os compradores internacionais das demais nacionalidades há tanto distribuidores como indústrias farmacêuticas. As fábricas estrangeiras de medicamentos costumam se interessar por parcerias com indústrias brasileiras de produtos acabados para transferência de conhecimento e exploração conjunta de seus mercados.
Esse é o quarto ano em que acontece o projeto comprador na FCE Pharma (foto acima de edição anterior). Os encontros de negócios estão previstos para o primeiro e o terceiro dia da feira, e no segundo os importadores serão levados para visitar indústrias do segmento.
A iniciativa de trazer importadores ao Brasil é só uma das ações do projeto de internacionalização de empresas da Abiquifi e Apex-Brasil. O programa também promove missões ao exterior de companhias exportadoras ou que pretendem exportar, participação em feiras internacionais, capacitação e estudos de mercados, entre outras atividades.
Do projeto fazem parte empresas brasileiras de quatro áreas: insumos farmacêuticos, medicamentos (acabados) para saúde humana, medicamentos para saúde animal e biotecnologia.
De acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) divulgados pela Abiquifi, as exportações da cadeia farmoquímica-farmacêutica brasileira cresceram 5,8% no ano passado. Elas somaram US$ 1,75 bilhão em 2017, contra US$ 1,6 bilhão em 2016. Deste total, US$ 1 bilhão foram medicamento e US$ 752 milhões em insumos.