São Paulo – A Arábia Saudita, a Palestina e a Jordânia são os países árabes que retiraram o embargo às exportações de carne bovina brasileira. Várias nações bloquearam a entrada do produto em seus mercados depois que um caso isolado e atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), o mal da vaca louca, foi registrado no Norte do Brasil. Outros dois países árabes, no entanto, seguem entre as nações que mantêm o bloqueio: Catar e Bahrein. As informações foram dadas à ANBA pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
Nesta quinta-feira (23), o Itamaraty divulgou nota à imprensa comemorando a reabertura do mercado chinês para a carne bovina brasileira e informando que outros quatro países também o haviam feito. Para a ANBA, a pasta informou que tratam-se da Arábia Saudita, a Palestina, a Jordânia e a Malásia. Na nota, o ministério disse que seguem bloqueando a entrada da carne brasileira o Bahrein, Cazaquistão, Catar, Irã, Rússia e Tailândia. A pasta ressalta que houve trabalho de monitoramento e foi impedido o fechamento de mercado em outros quatro países.
A China, o maior destino da carne bovina do Brasil, suspendeu as compras no dia 28 de fevereiro e a reabertura ocorreu após intensas gestões diplomáticas e a visita do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Carlos Fávaro, ao país, segundo o Itamaraty. Diferente da forma clássica da EEB, a doença registrada em um animal do Pará – que é uma ocorrência natural no rebanho bovino e por isso é atípica e isolada – não representa risco à saúde pública, segundo as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). No começo de março, um teste de laboratório comprovou que o caso detectado no Brasil foi de EEB atípica.
Na foto de abertura, meramente ilustrativa, consumidor em supermercado no Brasil.