São Paulo – Representantes de entidades do setor cafeeiro do Brasil se reuniram virtualmente com importadores sauditas nesta terça-feira (22). Estiveram presentes representantes do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e os importadores do grão Hussain Al Musa e Emad Almasri.
As instituições já vêm se movimentando para promover os grãos brasileiros no mercado saudita, conforme contou à ANBA o diretor geral do Cecafé, Marcos Matos. Presente na reunião virtual, Matos aproveitou para convidar os importadores a visitarem as regiões produtoras de café do Brasil. A ideia é que eles tenham mais proximidade do dia a dia de produtores locais e vejam as práticas de sustentabilidade e da qualidade dos cafés nacionais.
O plano dos brasileiros é organizar a vinda dos traders para a safra do ano que vem, com expectativa de que o cenário sanitário seja mais propício. A diretora da BSCA, Vanusia Nogueira, colocou a associação, que reúne produtores de grãos especiais, à disposição para contribuir na organização da viagem às lavouras.
Do lado governamental, quem conduziu a reunião foi o adido agrícola do Brasil em Riad, Marcel Moreira Pinto, e a coordenadora de Imagem e Cultura Exportadora do Departamento de Promoção Comercial e Investimentos (DPR) do Mapa, Carolina Eufêmia Aquino de Sá.
Preferência saudita
Segundo os compradores sauditas, o principal fornecedor do produto ao país árabe hoje é a Etiópia. Os traders lembraram que as notas do grão africano, mais frutado e achocolatado, são preferências locais.
Para o presidente do Cecafé, Nicolas Rueda, há espaço para mostrar a diversidade de perfil sensorial dos cafés brasileiros. “Temos o desafio de apresentar a diversidade dos cafés brasileiros, que aceitamos de bom grado, da mesma forma que temos o interesse em aprender mais sobre o mercado da Arábia Saudita, como no caso da importância do produto em pequenas embalagens para redes de cafeterias locais e, também, aproveitar esse aprendizado com os importadores sauditas para trabalhar um bom marketing, com base nas orientações deles”, pontua Rueda.