Jeddah – A Arábia Saudita será responsável por 20,03% da demanda petrolífera do Oriente Médio até 2012. No ano, o país árabe deve responder por 40,71% da oferta, segundo informa o site de notícias Khaleej Times, citando o Relatório de Gás e Petróleo da Arábia Saudita, da consultoria britânica Business Monitor International (BMI).
De acordo com o relatório da BMI, em 2001 o consumo de petróleo no Oriente Médio era de 8,24 milhões de barris, alcançando 10,61 milhões em 2007. A organização acredita que a demanda deve ser de 10,86 milhões de barris este ano e deve chegar a 11,84 milhões em 2012. A produção dos países na região era de 22,87 milhões de barris ao dia em 2001, alcançando 25,56 milhões de barris em 2007 com previsão para chegar em 28,94 milhões em 2012.
Com relação ao gás natural, no ano passado a região consumiu cerca de 371 bilhões de metros cúbicos e esta demanda deve alcançar 542 bilhões de metros cúbicos até 2012, um aumento de 46%. Em 2007 os países do Oriente Médio produziram 368 bilhões, volume que deve chegar em 576 bilhões em 2012 (56% a mais), o que garantirá um excedente para exportação de 34 bilhões de metros cúbicos em 2012.
No ano passado a Arábia Saudita consumiu cerca de 20,75% do gás produzido na região, participação que deve cair para 17,97% em 2012. O país foi responsável por 20,9% da produção de gás no Oriente Médio, fatia que também deve cair em 2012, para 16,91%.
Para a BMI, o Produto Interno Bruto (PIB) saudita deve crescer 4,3% em 2008, contra 2,9% em 2007. "Estimamos crescimento de 4,5% em 2009; 4,1% em 2010; 4,4% em 2011 e 4,2% em 2012. Esperamos que a demanda petrolífera do país cresça de 2,07 milhões de barris ao dia em 2007 para 2,37 milhões de barris ao dia em 2012, aumento de 3% ao ano, abaixo do crescimento econômico do país", diz o estudo a BMI.
A consultoria acredita que a produção saudita deve alcançar 97,4 bilhões de metros cúbicos de gás em 2012, contra 77 bilhões em 2007. O consumo deve seguir esta tendência, mantendo o país sem excedente para exportação no período. Em 2018, a organização estima produção saudita de 119 bilhões de metros cúbicos de gás, o que deve garantir a demanda doméstica.
Já no quesito petróleo, entre os anos de 2007 e 2018, a organização estima um aumento de 25,6% na capacidade de produção saudita, com o volume de produção alcançando 13,5 milhões de barris. No período, a demanda saudita deve crescer 37%, e o país deve consumir 2,83 milhões de barris ao dia em 2018.
Um estudo da Federação de Câmaras de Comércio e Indústria dos Países do Conselho de Cooperação do Golfo mostra que a Arábia Saudita pretende investir US$ 80 bilhões para ampliar sua produção petrolífera em 12,5 milhões de barris ao dia. Os investimentos irão também para a ampliação da capacidade de refino em 43%, para 6 milhões de barris ao dia nos próximos anos.
Segundo este relatório, o PIB agregado dos países do GCC deve alcançar US$ 1 trilhão este ano, devido ao aumento dos preços petrolíferos. A federação acredita que, devido a este aumento, os países do bloco, que inclui Arábia Saudita, Emirados, Catar, Kuwait, Bahrein e Omã, devem ter um superávit de conta corrente de 31,2% em 2008.
*Tradução de Mark Ament

