Emirates News Agency
Abu Dhabi (Emirados Árabes) – O setor de hotéis dos Emirados Árabes Unidos registrou faturamento recorde em 2002 e a previsão é de que haja mais crescimento neste ano, com a abertura de novos hotéis e a realização de grandes eventos internacionais em Dubai, uma das principais cidades do país.
Dubai respondeu por cerca de 75% das receitas totais do setor em 2002. Neste ano, a participação deve crescer. Só em setembro, por exemplo, a cidade recebeu mais de 20 mil visitantes para a reunião anual do FMI e do Banco Mundial, que pela primeira vez aconteceu num país árabe.
Em 2002, os 364 hotéis dos Emirados registraram faturamento de US$ 1,32 bilhão, resultado 24,5% superior ao apurado no ano anterior (US$ 1,06 bilhão) e quase 50% maior do que o volume de 2001 (US$ 891 milhões), informou um relatório do Ministério do Planejamento.
O faturamento de 2002 incluiu um total de US$ 626 milhões em receitas de ocupação – o restante veio da venda de bebidas e comidas, investimentos e outras atividades. Abu Dhabi, capital dos Emirados, respondeu por 19% das receitas totais e Sharjah, quarta maior cidade do país, por 3%.
"O setor deve registrar novo recorde neste ano, principalmente em razão do crescimento dos negócios em Dubai", afirmou ao jornal Gulf News o gerente de um hotel de Abu Dhabi. Para ele, a abertura de novos hotéis irá impulsionar os negócios.
Hoje, os Emirados têm 364 hotéis – um total de 25 mil quartos. Desse total, 55 são hotéis de luxo, 67, de primeira classe, 105, de segunda classe, e 137, de terceira classe. No ano passado, só os hotéis de luxo responderam por mais de 60% do faturamento. Faz parte desse grupo o suntuoso Burj Al Arab, considerado o hotel mais luxuoso do mundo.
Fontes da indústria hoteleira afirmam que ainda há espaço para mais quartos nos Emirados. Isso porque, argumentam, o país está se tornando o principal centro financeiro, econômico e turístico da região.
Nos Emirados como um todo, cresceu a importância do setor hoteleiro na economia. De uma participação ínfima há alguns anos, a indústria correspondeu em 2002 a 2,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, que ficou em US$ 71 bilhões.