Da Agência Brasil
São Luís – O Maranhão já é o maior produtor de pescado do Nordeste brasileiro, com 80 mil toneladas anuais, e nos próximos anos o ritmo de crescimento do setor poderá chegar aos 20% anuais. A informação é do governador José Reinaldo Tavares, que participou da abertura da Conferência Estadual de Aqüicultura e Pesca, ao lado do ministro José Fritsch, da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca.
A pesca, segundo Fritsch, é responsável pela geração de 834 mil empregos diretos, 2,5 milhões indiretos e uma renda anual de R$ 4 bilhões no país.
No Maranhão, cerca de um milhão de pessoas vivem da pesca. Deste total, aproximadamente 200 mil sobrevivem basicamente da pesca artesanal.
Agora, está sendo elaborado por pesquisadores das universidades estadual e federal do Maranhão, e acompanhado por técnicos da Gerência de Meio Ambiente, o zoneamento ecológico-econômico costeiro do estado.
“Este é o primeiro passo para o disciplinamento da atividade econômica da aqüicultura na faixa costeira e nas áreas de influência de marés das bacias hidrográficas maranhenses”, explicou Tavares.
O zoneamento já revela, por exemplo, a existência de uma área de pelo menos 100 mil hectares que pode ser explorada e desempenhar importante papel na redução de custos, em conseqüência do aumento da produção, e na melhoria dos padrões de segurança alimentar.
Conferência Nacional
A Conferência Estadual será encerrada hoje e, além de elaborar propostas, elegerá os delegados à Conferência Nacional da Pesca, prevista para os dias 25 a 27 de novembro, em Brasília.
Para o presidente da Federação das Colônias dos Pescadores do Maranhão, Edson Cunha, o encontro abre a oportunidade de discutir questões como beneficiamento e comercialização do que é produzido no Estado e para a busca de alternativas ao desenvolvimento do setor.
Entre os incentivos aos pescadores, o ministro José Fritsch anunciou a abertura de nova linha de crédito com juros menores, prazo maior para pagamento da dívida e carência de três anos. A falta de recursos, de informações e de orientações técnicas também é obstáculo para a assimilação das inovações tecnológicas do setor.