Emirates News Agency
Abu Dhabi (Emirados Árabes) – A indústria de varejo dos Emirados Árabes Unidos está em alta e deve continuar em expansão nos próximos anos, puxada principalmente pelo setor de supermercados. De acordo com um relatório do Banco Nacional de Dubai, esse segmento vem crescendo a uma taxa anual de 10% e faturou cerca de US$ 1 bilhão em 2002. Nos próximos cinco anos, a estimativa é de que as receitas globais aumentem mais 60% e cheguem a US$ 1,6 bilhão.
O tamanho da indústria de varejo dos Emirados é estimado em US$ 2,5 bilhões – e os supermercados, hipermercados e megastores respondem por metade do total. Segundo o relatório do banco, a indústria de varejo nos Emirados e, em especial em Dubai – cidade que é o pólo econômico da região e concentra 60% do faturamento do setor no país -, é mais desenvolvida quando comparada à de outros países asiáticos. Mas ainda está atrás dos padrões ocidentais.
O número de lojas é baixo e os gastos, pequenos. Em 2001, por exemplo, as vendas per capita dos Emirados no varejo ficaram em US$ 2,69 mil. É um valor maior do que o registrado em países asiáticos, de US$ 1,44 mil, e na Índia, de apenas US$ 246, mas inferior ao dos Estados Unidos (US$ 8,93 mil) e da Grã-Bretanha (US$ 5,63 mil).
Os Emirados estão entre os países com as maiores rendas per capita do mundo, de cerca de US$ 20 mil, valor comparável a de países como a Espanha, a França e a Grã-Bretanha, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Por isso, conclui o estudo, há "oportunidades de expansão". A expectativa é de que, até 2008, os gastos per capita nos Emirados cheguem ao mesmo nível dos EUA.
Aqui, os olhos se voltam para o setor de supermercados. O motor do crescimento são as mudanças econômicas e sociais por que vem passando o país. Segundo o banco, a expansão vem sendo garantida pela abertura de novos hipermercados e outlets, que estão substituindo os pequenos supermercados e lojas de rua. O movimento é semelhante ao que ocorreu em diversos países em desenvolvimento – entre eles, o Brasil -, quando abriram suas economias aos investimentos externos.