O ramo de hotelaria no Brasil continua atraente mesmo num momento em que o turismo internacional sofre com as consequências da crise. O potencial do País como destino de investimentos do setor foi destaque na 2ª Conferência Sul-Americana de Investimentos em Hotelaria e Turismo (Sahic), que ocorreu segunda e terça,, no Rio de Janeiro.
De acordo com o coordenador-geral de Promoção de Investimentos do Ministério do Turismo, Laércio de Souza, que participou do evento, a percepção no mercado é de que a taxa média de ocupação dos hotéis caiu pouco no Brasil durante a crise em comparação com outros países e, ao mesmo tempo, houve aumento das tarifas por aqui, o que compensou o movimento menor.
“Não houve queda no mercado hoteleiro brasileiro, (as empresas) até ganharam mais”, disse Souza à Anba. Segundo ele, se por um lado houve diminuição no número de visitantes estrangeiros, o que contribuiu para a redução da média de ocupação, ocorreu crescimento no total de hóspedes brasileiros, o que, aliado a reajustes sazonais, fez os preços das diárias avançarem.
E as previsões sobre investimentos no setor são otimistas. Souza afirmou que o ministério prevê um volume de investimentos entre R$ 5,6 bilhões e R$ 6 bilhões nos próximos dois anos somente em hotelaria. Ele acrescentou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do País no segundo trimestre – de 1,9% em relação ao primeiro – gerou projeções otimistas.