Agência Brasil
Brasília – A indústria siderúrgica brasileira pretende investir US$ 13 bilhões nos próximos cinco anos para aumentar a produção. Com esses recursos, a produção de aço deverá passar dos 34 milhões de toneladas de capacidade instalada para 50 milhões de toneladas. A afirmação é do novo presidente do Instituto Brasileiro de Siderurgia (IBS), Luís André Rico Vicente, que tomou posse ontem (1). Segundo Vicente, essa expansão não inclui os projetos da Companhia Vale do Rio Doce que podem elevar a capacidade produtiva do país para até 60 milhões toneladas.
De acordo com Vicente, esse crescimento é mais do que suficiente para atender a demanda interna por aço e manter as exportações. Segundo dados do IBS, no ano passado, foram exportados 11,9 milhões de toneladas de aço, com valor recorde de US$ 5,3 bilhões, o que representou 13,9% do saldo comercial do país. Segundo Vicente, há previsão de queda nas exportações em 2,9% para este ano, o que significa a venda de 11,6 milhões de toneladas em 2005.
Sobre a produção de aço bruto neste ano, o novo presidente da IBS afirmou que a previsão é de aumento de 2%, passando de 32,6 milhões de toneladas para 33,6 milhões de toneladas. De acordo com Vicente, as boas perspectivas do setor devem-se à modernização do parque industrial, redução de custos e melhoria da qualidade dos produtos e métodos gerenciais.
Pernambuco
Entre os investimentos que o setor siderúrgico brasileiro deve receber estão a construção de uma usina de aços planos em Pernambuco. As companhias russas do setor de metalurgia TMK e Commetpron anunciaram que estão dispostas a investir US$ 2 bilhões na usina.
Elas pretendem produzir até 3 milhões de toneladas por ano. Cerca de 80% do volume deve ser destinado à exportação. Se viabilizado, o projeto seria o primeiro de empresas russas nas Américas. As empresas já assinaram um protocolo de intenções junto ao governo do estado de Pernambuco.