São Paulo – Cinco médicos árabes que estão no Brasil para conhecer os métodos de transplante de fígado e cirurgia abdominal adotados no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, afirmaram que a medicina brasileira está entre as melhores do mundo e que o País pode ajudar no aperfeiçoamento das práticas médicas em países árabes. Desde que chegaram ao Brasil, no domingo (07), eles receberam treinamento teórico e até acompanharam alguns procedimentos adotados em pacientes do Sírio.
“Ficamos muito impressionados com esta experiência porque a técnica e a qualidade empregada aqui foi muito além das nossas expectativas. Trabalhei em vários hospitais na Europa e vi aqui um sistema administrativo e médico superior a de diversos locais que conheci”, disse o professor de cirurgia e transplante de fígado do Ahmed Teaching Hospital, no Cairo, Samir Moussa, durante visita à Câmara de Comércio Árabe Brasileira na última semana. Eles foram recebidos pelo diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, pelo diretor Toufic Sleiman e pelo executivo de relações governamentais, Tamer Mansour.
Os médicos que visitaram a Câmara Árabe vieram ao Brasil por iniciativa da Embaixada do Egito em Brasília. Segundo Moussa, eles foram enviados ao País também para representar o Ministério da Saúde do Egito. Ainda segundo os visitantes, essa viagem ao País também é o começo de um projeto que deverá durar dois anos para aperfeiçoar a qualidade dos serviços médicos na Palestina. Dos cinco médicos que estão no Brasil, três trabalham no Palestinian Medical Complex, em Ramallah, na Cisjordânia.
Eles afirmaram que os métodos aplicados no Sírio-Libanês poderiam ser implantados "rapidamente" no Egito. No entanto, disseram que para que sejam realizadas cirurgias complexas como o transplante de fígado na Palestina seria preciso melhorar a infraestrutura médica da região. Os médicos afirmaram também que o Brasil e o Egito poderiam ajudar a Palestina no desenvolvimento da sua infraestrutura médica.
Dica aos brasileiros
Os médicos árabes deverão ficar em São Paulo até 28 de outubro, mas já deixaram uma dica aos brasileiros: “É uma pena que a medicina praticada e desenvolvida aqui não seja vista no exterior da forma como nós a vemos e admiramos ao visitar o Brasil. Vocês precisam fazer marketing dela”, disse Moussa.

