Geovana Pagel
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São Paulo – Há quatro anos o empresário paulista Marcelo Cunha colocou em prática um antigo projeto: montar uma Comercial Exportadora e Importadora para atender exclusivamente pequenas e médias empresas. “Percebi que esse é um bom nicho de mercado e ainda pouco trabalhado no Brasil porque as grandes trading companies só estão preocupadas com as grandes empresas”, diz Cunha, que é formado em Comércio Exterior, pós-graduado em Marketing e administra sozinho o escritório da Pier 1 Comex.
De acordo com Cunha, muitos dos pequenos empreendimentos têm potencial para exportar, mas é raro encontrar um profissional que se dedique a esse segmento no país, principalmente porque o retorno não é imediato. “Ainda falta mentalidade exportadora no Brasil. É preciso ter consciência que é preciso um longo trabalho até fechar os primeiros negócios”, observa. “Os empresários também são muito imediatistas. Para entender como funciona a dinâmica desse mercado tem que passar pela experiência, percorrendo todo o caminho, sem pular etapas”, explica o empresário.
Segundo ele, cada novo cliente representa também um novo desafio. “A gente também precisa ter flexibilidade para se adaptar ao perfil do empresário e entender a cultura da empresa”, diz.
Na avaliação do empresário, preparação e planejamento são fundamentais. A decisão de montar a empresa foi amadurecida ao longo de muitos anos. Cunha já trabalhou em mesa de câmbio, no Banco Noroeste, hoje Santander, na companhia de navegação chilena CSAV, e para agentes de carga em Miami, onde morou por dois anos. “Atuo em comércio exterior desde 1994, mas como trader desde 2002 quando voltei definitivamente dos Estados Unidos para morar no Brasil”, conta.
Apesar da experiência, o empreendedor participou de diversos cursos no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e assim que criou a Pier 1 procurou o apoio de entidades como a Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a Federação da Indústria do estado de São Paulo (Fiesp) e da Associação dos Fabricantes de Produtos Médicos e Odontológicos (Abimo).
Hoje, as duas empresas para as quais presta assessoria fixa são da área médica: a Konex, fabricante de equipamentos radiológicos, e a Macrotec, fabricante de processadoras para filmes de raio-x. Além da consultoria em comércio exterior, Cunha também acompanha os diretores das empresas em missões e feiras internacionais. “Eu acabo ficando mais no estande para receber os empresários e participar de reuniões pré-agendadas”, conta.
Participa em média de quatro ou cinco feiras internacionais aos longo do ano. Em janeiro, da Arab Health, maior feira de produtos médico-hospitalares de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos; um junho, da Hospitalar, em São Paulo; em agosto, da Fime, em Miami, e em novembro, da Médica, na Alemanha.
“Essa feira da Alemanha é a maior feira médica do mundo e serve principalmente para consolidar a marca. A feira de Miami e mais direcionada para vender para países da América Latina. Já a de Dubai é um mercado que estamos abrindo agora”, destaca.
Além da consultoria em comércio exterior para as empresas da área médica, Cunha viabiliza diversas operações de importação e exportação, para os mais diferentes segmentos. Já mandou objetos de decoração para Nova Zelândia, material para floricultura para Moçambique, roupas para a Europa e até uma máquina perfuradora de petróleo para a Equador. Para o Brasil traz principalmente máquinas para a indústria.
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