São Paulo – A economia da Somália, país árabe da África, deve crescer 3,5% neste ano, acima dos 3,1% projetados para 2018, segundo estimativas divulgadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) na terça-feira (26) com base na revisão do programa de reformas econômicas implementado no país em parceria com o organismo.
De acordo com o fundo, desde 2017 a economia da Somália se recuperou, a inflação desacelerou e o déficit comercial diminuiu, mas ainda são necessários mais esforços para melhorar a resiliência da economia, aumentar o emprego e reduzir a pobreza.
Entre os desafios do país estão a melhoria da arrecadação de receitas, com ampliação da base tributária e da capacidade do governo de cobrar impostos. A Somália recebe subvenções de países e organismos. Novas transferências da União Europeia e do Banco Mundial estão sendo apoio para as reformas e ações sociais, segundo o FMI.
O FMI elogiou os esforços das autoridades para mobilizar a receita interna, mas afirma que medidas ousadas para fortalecer a gestão financeira devem continuar. “A equipe encoraja o progresso contínuo na implementação do plano de ação das autoridades para a reforma e desenvolvimento do setor financeiro”, afirma o relatório.
O fundo afirma que o desemprego é muito alto no país e as necessidades sociais e de desenvolvimento são grandes. “O crescimento segue baixo demais para dar soluções significativas para a pobreza e o desemprego, particularmente entre os jovens”, diz o FMI, citando ainda vulnerabilidade a desastres naturais e insegurança alimentar.
No ano passado a economia da Somália teve recuperação modesta, com chuvas que favoreceram o clima e a produção local e fluxos sustentados de remessas financeiras. As exportações estão se recuperando com o fortalecimento da produção agrícola e as importações desacelerando com o alívio à seca ocorrida entre 2016 e 2017.
O FMI projeta aumento na renda per capita em dólares neste ano para US$ 551. No ano passado ela ficou em US$ 527, também um aumento sobre 2017 (USD$ 510). O Produto Interno Bruto (PIB) nominal do país deverá alcançar US$ 7,9 bilhões em 2019, depois de US$ 7,4 bilhões em 2018 e US$ 7,1 bilhões em 2017.