São Paulo – Quando o médico egípcio Andrew Saad se deparou com um paciente idoso na enfermaria do hospital, reclamando de vaga dor abdominal, mas sem histórico de saúde disponível para orientar um diagnóstico, o recém-formado percebeu o quão difícil pode ser para pacientes e médicos quando informações são escassas na emergência.
O problema motivou Saad a buscar uma maneira criativa de colocar o histórico de saúde dos pacientes nas mãos dos médicos rapidamente nas emergências, especialmente em casos em que quem está sendo atendido está inconsciente, fora do estado mental normal ou desacompanhado.
“Os registros de saúde eletrônicos ou em papel geralmente são mantidos no hospital e não estão com o paciente sempre que ele se apresenta a outro hospital em caso de emergência”, explica Saad. Essa falta de portabilidade de prontuário é um problema que se estande por toda a região do Oriente Médio e Norte da África (Mena) e até em outras regiões do mundo muito desenvolvidas.
Saad e cinco sócios se juntaram ao programa de aceleração egípcia Falak Startups e lançaram a empresa Bypa-ss. Ela oferece um cartão de identificação médico unificado conectado a uma plataforma online onde os registros médicos são salvos e podem ser acessados pelos diferentes profissionais de saúde. “A resposta inicial do mercado foi muito encorajadora”, disse Saad.
O sistema fornece informações de saúde básicas da pessoa, como tipo de sangue, alergias e condições médicas crônicas. O uso software é gratuito para os prestadores de serviços de saúde e há suporte técnico para salvamento de novos dados, entre outras necessidades. Alguns provedores de saúde dão descontos a titulares do cartão. A startup tem mais de mil parceiros como laboratórios, hospitais, clínicas e farmácias.
A pandemia da covid-19 fez a base de clientes crescer mais rapidamente, mas afetou as receitas da empresa já que muitos operadores do segmento, especialmente clínicas de saúde pequenas, pararam de funcionar por causa do lockdown no Egito. A empresa trabalhou, então, para impulsionar o atendimento médico de forma online. A startup também está atuando agora pela expansão dos serviços além do Cairo e Alexandria, no Egito.
As informações são do jornal saudita Arab News.