Rio de Janeiro – A Região Sudeste concentra as unidades de empresas de alto crescimento no Brasil. Ou seja, aquelas com elevação média de pessoal assalariado acima de 20% ao ano. O levantamento faz parte do estudo Demografia das Empresas, divulgado nesta quarta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e usa uma classificação desenvolvida pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Estas empresas, no Brasil, ficam 53,6% na região Sudeste. Há ainda 19,6% na região Sul, 14,8% na Nordeste e 7,4% na Centro-Oeste. Os dados se referem ao ano de 2008. No período, a região Sudeste também concentrava pouco mais da metade (50,6%) das unidades locais das empresas com pessoal ocupado assalariado. Em seguida, aparecem as regiões Sul (22,2%), Nordeste (15,4%), Centro-Oeste (8,0%) e Norte (3,8%).
Entre as 371,6 mil empresas brasileiras com pelo menos dez assalariados existentes no país em 2008, 8,3% apresentavam alto crescimento. Na análise por atividades, o estudo aponta que as empresas com alto crescimento eram principalmente dos setores de indústria de transformação (27,4%); comércio (26,4%), construção (12,2%) e atividades administrativas e serviços complementares (7,8%).
O patamar de 8,3% de empresas com alto crescimento é, segundo o IBGE, considerado elevado para os padrões internacionais. No período entre 2002 e 2005, as empresas de alto crescimento estavam na faixa de 3% na Áustria e no Canadá, e 6% em países como Estados Unidos e Espanha.
O estudo aponta ainda que as companhias com esse perfil têm papel relevante na geração de empregos formais. Entre os anos de 2005 e 2008, elas foram responsáveis pela criação de 2,9 milhões de postos de trabalho, ou seja, quase 60% dos 5 milhões gerados no período no país. Somente em 2008, havia ao todo 30.954 companhias de alto crescimento no Brasil. Elas foram responsáveis por empregar 4,5 milhões de brasileiros (16,8% do total) e pagavam em média 2,4 salários mínimos mensais.

