Brasília – O bom desempenho da safra de grãos e as exportações de petróleo fizeram a balança comercial registrar o seu maior superávit para meses de novembro, informou nesta quinta-feira (1º) o Banco Central (BC). No mês passado, o País exportou US$ 6,675 bilhões a mais do que importou. Em novembro do ano passado, a balança tinha registrado déficit de US$ 1,11 bilhão. Esse é o melhor resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1989.
De janeiro a novembro deste ano, a balança comercial acumula superávit de US$ 58,025 bilhões. Isso representa 0,7% a mais que o registrado nos mesmos meses do ano passado. O saldo acumulado, que até outubro estava abaixo do registrado em 2021, reagiu e agora bate recorde para os 11 meses do ano.
No mês passado, o Brasil vendeu US$ 28,164 bilhões para o exterior e comprou US$ 21,489 bilhões. As exportações subiram 30,5% em relação a novembro do ano passado, pelo critério da média diária. As importações caíram 5,5% na mesma comparação.
No caso das exportações, o recorde deve-se mais ao aumento dos embarques que dos preços internacionais das mercadorias do que do volume comercializado. Nas importações, a quantidade comprada caiu 4,9%, refletindo a desaceleração da economia, mas os preços médios aumentaram 7,6%. A alta dos preços foi puxada principalmente por adubos, fertilizantes, petróleo, carvão mineral e trigo.
Grãos e petróleo
No setor agropecuário, o aumento do volume embarcado em novembro, provocado pela colheita de grãos, principalmente pela segunda safra de milho, pesou mais nas exportações. Na indústria extrativa, que engloba minérios e petróleo, a quantidade exportada subiu 51,6%, mas os preços médios recuaram 6,6%. O petróleo bruto voltou a puxar o aumento das exportações, com o volume subindo 123,5% e os preços subindo 0,6%. Isso ocorreu por causa da retomada da produção da Petrobras.