Brasília – O Brasil apresentou superávit comercial de US$ 2,246 bilhões em setembro, o menor resultado para o mês desde 2014, informou na terça-feira (1º) a Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais do Ministério da Economia. O resultado do mês passado foi 59,9% inferior, pela média diária, ao alcançado em igual período de 2018.
Em setembro, as exportações chegaram a US$ 18,74 bilhões, com retração de 11,6% em relação a setembro de 2018 pela média diária. As importações totalizaram US$ 16,494 bilhões, com aumento de 5,7% na mesma comparação.
No acumulado de janeiro a setembro, as exportações chegaram a US$ 167,379 bilhões, com queda de 6% na média diária em relação a igual período do ano passado. As importações somaram US$ 133,589 bilhões, com queda de 1,8% na mesma comparação.
Com isso, o saldo comercial acumula superávit de US$ 33,79 bilhões, 19,5% inferior ao registrado de janeiro a setembro de 2018.
Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão, a retração no comércio exterior ocorre pela menor atividade econômica mundial. “O principal motivo que os organismos internacionais apontam [é] que a retração da economia mundial é devida à guerra comercial [entre Estados Unidos e China]”, disse.
Com exportações menores, o governo espera por um superávit comercial menor este ano. Em julho, o governo previa superávit comercial de US$ 56,7 bilhões e agora o valor caiu para US$ 41,8 bilhões, com queda de 28% em relação a 2018. A previsão está abaixo da estimativa do mercado financeiro, que projeta superávit comercial de US$ 51,7 bilhões.