Brasília – Influenciado pelo aumento dos royalties de petróleo e pelo pagamento do leilão da 4ª rodada de partilha do pré-sal, o Governo Central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central) registrou o maior superávit primário para meses de outubro em três anos. Segundo números divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Tesouro, o resultado positivo chegou a R$ 9,451 bilhões no mês passado.
O montante é quase o dobro do superávit registrado em outubro do ano passado (R$ 5,073 bilhões). Em outubro de 2016, o superávit primário foi de R$ 40,872 bilhões, mas o resultado foi influenciado pelo programa de regularização de ativos no exterior, também conhecido como repatriação, que rendeu R$ 46,8 bilhões na época para o Tesouro.
Com o resultado de outubro, o déficit primário caiu para R$ 72,323 bilhões no acumulado de 2018, contra déficit de R$ 104,493 bilhões no mesmo período do ano passado. O resultado primário representa o superávit ou déficit nas contas do governo desconsiderando o pagamento dos juros da dívida pública.
Segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), o Governo Central precisa fechar 2018 com déficit primário de R$ 159 bilhões. O Tesouro Nacional projeta que o déficit primário chegará a R$ 66,9 bilhões em novembro e dezembro, o que totalizaria R$ 139,223 bilhões de resultado negativo para este ano.