São Paulo – As telhas cerâmicas da empresa brasileira Cláudio Vogel em breve vão fazer parte de um condomínio de dez casas na cidade saudita de Jeddah. O diretor comercial da companhia, Cláudio Vogel Filho, fechou o negócio durante a feira Saudi Build, do setor de construção, realizada até ontem (07), em Riad, na capital saudita. "Para início das negociações foi um ótimo pedido", afirmou o diretor, que já estava em contato com o empresário saudita há um mês.
A Cláudio Vogel foi umas das sete empresas brasileiras que participou do pavilhão nacional do evento saudita, que começou domingo (04). A feira, para Vogel, foi muito positiva. Além desse pedido, o diretor vai exportar as telhas da companhia, com sede no Rio Grande do Sul, para outros dois distribuidores sauditas. "Acredito que os negócios vão fluir agora", disse ele, que já exporta para 27 países, entre eles Emirados Árabes e Catar.
“O setor de construção civil no Oriente Médio está sempre crescendo. Existem ótimas oportunidades de negócios por aqui, mas o Brasil ainda não é conhecido como fornecedor de material de construção”, acrescentou o diretor. De acordo com ele, a Saudi Build serviu para mostrar ao mercado árabe que o Brasil também é uma opção neste setor, que é dominado por empresas norte-americanas, européias e chinesas.
Outro participante que fez um balanço positivo da feira foi Erik Seguinot, diretor de vendas da Sudati, indústria de compensados, com sede no Paraná. "Poucas pessoas, mas com qualidade", disse ele em relação aos visitantes. O diretor afirmou ainda que vai voltar ao Brasil com pelo menos três negócios encaminhados. Os contatos não foram feitos apenas com Arábia Saudita, mas também com Sudão e Iêmen.
De acordo com o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, as empresas brasileiras fizeram cerca de 300 contatos na feira. “Pela minha experiência em feiras na Arábia Saudita, essa me surpreendeu positivamente. Teve um número expressivo de compradores e visitantes bem qualificados”, afirmou ele.
Outras empresas que vão deixar o país árabe com pedidos fechados são as tradings DXB e WK Comercial, conforme a ANBA já noticiou. A Cerâmica Cejatel, que ainda não exporta para o mercado árabe, não fechou pedidos na feira, mas fez contatos promissores, segundo o representante do Departamento de Exportação da companhia, Marcos Sipriano.
O estande da Câmara Árabe também recebeu empresários árabes interessados em conhecer maquinários e equipamentos brasileiros para o setor de construção. Segundo o analista de Desenvolvimento de Mercado da entidade, Venâncio Goulart, passaram pelo estande mais de 30 empresários que pediram informação sobre o mercado brasileiro.