Geovana Pagel
São Paulo – A Pantanal Trader, de Campo Grande (MS) está de olho em novos mercados como os Emirados Árabes Unidos, para a exportação de sementes. O gerente de negócios da Pantanal, Carlos Eduardo Queiroz, conta que, após realizar uma pesquisa de mercado na internet, descobriu que o país árabe foi apontado como 12º maior importador mundial de sementes com a classificação SH 120929 (sistema harmonizado), mesma certificação das sementes comercializadas pela trader brasileira.
“O Brasil exporta US$ 25 milhões ao ano para vários destinos, principalmente México, Colômbia e Guatemala, e não há nenhum registro de venda para os Emirados”, diz. Agora, Queiroz aposta na possibilidade de iniciar negócios com importadores alternativos. “Nossas sementes forrageiras tropicais são do tipo brachiarias, colonião e capim tanzânia, utilizados para a formação de pastagens", explica. "Mas ainda não sabemos que tipo de sementes os Emirados compram, quais as variedades e o destino das mesmas”, ressalta.
O fornecedor da Pantanal Tader é a empresa Sementes Safrasul, também de Campo Grande. A Safrasul é uma empresa que atua desde 1987 na produção, beneficiamento e comercialização de sementes fiscalizadas para pastagens. Tem clientes em todo o território nacional, principalmente no Centro-Oeste brasileiro e em países vizinhos, como Paraguai e Bolívia.
A empresa é parceira da Embrapa Gado de Corte (CNPGC) na multiplicação e comercialização de sementes tropicais, como xaraé, massai e estilosantes Campo Grande. Também integra a lista de parceiros da Unipasto, associação para fomento à pesquisa de forrageiras tropicais.
As principais espécies produzidas pela Safrasul são, em “nome científicos”: brachiaria brizantha, brachiaria decumbens, branciaria humidicola, capim tanzânia, Panicum maximum cv tanzânia, capim mombaça, panicum maximum cv mombaça e estilosantes Campo Grande.
“Neste momento, minha prioridade é saber se os Emirados, uma vez como importantes importadores mundiais de produtos classificados com esta mesma classificação fiscal SH, tem mercado para as principais espécies que produzimos aqui no Brasil”, ressalta o gerente de negócios da Pantanal.
Sobre a quantidade de produto disponível este ano, Queiroz disse não ser possível estimar, pois a colheita ainda não começou nos campos de sementes. “A previsão é de quebra em todos produtos agrícolas neste ano devido à inconstância de chuvas, inclusive de sementes para pastagens. Mas caso exista a demanda trabalharemos no mercado interno com o intuito de tentar atendê-la ou programar novos plantios para embarques na próxima safra, caso nossa disponibilidade não seja suficiente para este ano”, garantiu.
Mel orgânico
Além das sementes forrageiras, a partir de junho de 2004, a Pantanal Trader também vai exportar mel orgânico. “Trabalhamos com um grande produtor de mel da região que está em processo de certificação, que deve sair até o final do mês de maio”, conta. “A previsão de quantidade de produto para exportação é boa e o mel, de excelente qualidade, visto que se trata de mel produzido em cerrado, ou seja, em vegetação nativa”, explica.
Contato
Pantanal Trader
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