São Paulo – A Ramax, trading brasileira especializada em exportação de carnes halal bovina e de frango, irá participar da Gulfood pela primeira vez. A feira de alimentos acontece de 17 a 21 de fevereiro em Dubai, nos Emirados Árabes, e é a maior do setor no Oriente Médio. Halal é o termo usado para produtos que estão de acordo com as tradições islâmicas, e no caso da carne, o abate do gado e do frango devem seguir regras específicas.
A Ramax tem sede em Alphaville, em São Paulo, com filiais nos Estados Unidos e no Líbano. Além de frigorífico próprio de carne bovina halal com a marca Topbeef, sediado em Colorado, no Paraná, a empresa compra também de outros produtores como Fortfrigo, Redentor, Mafrig e Frigol.
A empresa fundada há cinco anos ficou inativa por algum tempo e retomou as atividades em meados de 2018, quando começou a exportar para os países árabes, e hoje atende o Egito, Argélia, Jordânia, Palestina e Arábia Saudita, entre os 30 países para onde exporta.
O sócio diretor líbano-brasileiro nascido em São Paulo, Rada Saleh, cuida das operações no Oriente Médio e Norte da África, baseado em Jdita, no Vale do Bekaa, a 45 quilômetros da capital libanesa, Beirute. Por telefone do Líbano, Saleh falou à ANBA que escolheu o local por estar estrategicamente posicionado entre a capital libanesa e a fronteira com a Síria; a capital síria, Damasco, fica a 69 quilômetros de distância. Na foto acima, Saleh (dir.) e seu sócio Weber Costa na feira Sial Paris 2018. O terceiro sócio da empresa é Magno Gaia.
Saleh voltou a morar no país de origem de sua família em julho do ano passado. Ele tem ampla experiência no setor, pois já trabalhou na JBS e na Minerva, ambos frigoríficos de carne bovina brasileiros, e já morou no Egito e na Argélia.
“O escritório no Líbano é nossa plataforma de atuação no Oriente Médio e Norte da África, a geografia facilita muito os negócios; posso estar em qualquer país da região em menos de duas horas para fechar negócio, já estou aqui do lado”, explicou Saleh. Ele afirmou que o fato de ser muçulmano e falar o idioma árabe são importantes para o negócio, pois ele entende as necessidades do halal e consegue se comunicar melhor com os clientes.
O diretor disse que já participou de todas as edições da Gulfood, quando trabalhava nos frigoríficos, mas que essa será a primeira participação da Ramax, que ficará no estande da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), dentro do pavilhão do Brasil, organizado pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil). “Para as próximas feiras de alimentos deste ano e para a Gulfood do ano que vem, gostaríamos de ter um espaço também no pavilhão da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, da qual somos associados”, disse Saleh.
Os principais mercados da empresa são Egito, Hong Kong, Argélia, Líbano, Arábia Saudita e Palestina, e a Ramax exporta ainda para outros países da Ásia, Oriente Médio e para o Uruguai, além de atender o mercado interno. “Para Hong Kong, exportamos mais miúdos bovinos, e para os árabes, mais cortes de carne in natura (crua)”, explicou Saleh.
O diretor afirmou que é possível trabalhar novos mercados se houver uma parceria entre os governos e o setor privado dos países interessados. “Em 2003, quando eu trabalhava na Minerva, fizemos um trabalho junto à Câmara Árabe, o ministério da Agricultura e a Abiec para conseguirmos um acordo sanitário na Argélia e abrimos esse mercado; eu fui responsável por enviar o primeiro contêiner de carne brasileira para o país”, informou.
A Ramax exportou um total de R$ 100 milhões em 2018, sendo 60% para os países árabes. “Acreditamos muito no potencial do mercado do Oriente Médio, principalmente dos países árabes, que têm mais tradição no trato comercial com o Brasil”, disse Saleh.
Rever velhos clientes, prospectar novos, aumentar a fatia de mercado na região e se atualizar sobre as demandas de mercado são os objetivos da Ramax na Gulfood, de acordo com Saleh, além de focar na produção, venda e distribuição de proteína animal halal. “Nosso carro-chefe é a carne bovina, mas trabalhamos carne de frango e temos um projeto para comercializar peixes também”, revelou.
O bloco dos 22 países árabes é o segundo maior comprador do agronegócio brasileiro, ficando atrás apenas da China. Ano passado, os árabes importaram mais de US$ 8 bilhões da agropecuária do País.
Contato
Ramax Líbano
Jdita, Vale do Bekaa
+961 79317395
WhatsApp: +55 11 99402 8836
rada@ramax-group.com
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Serviço
Gulfood
17 a 21 de fevereiro de 2019
De 17 a 20, das 11 às 19 horas
Dia 21, das 11 às 17 horas
Dubai World Trade Centre
Dubai, Emirados Árabes Unidos
Credenciamento: até 07 de fevereiro, 270 dirhams (R$ 279); após esta data, 420 dirhams (R$ 434)
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