São Paulo – A trading brasileira DXB, que participa da feira Saudi Build, do setor de construção, na Arábia Saudita, vai embarcar 10 contêineres de pedras quartzito para uma construtora saudita. O negócio, que foi fechado no evento, vale cerca de US$ 1 milhão. Essa vai ser a primeira exportação da empresa para o país árabe. "É uma construtora que faz as obras públicas daqui", afirmou o diretor de Desenvolvimento de Negócios da trading, Roberto Leandro.
A pedra quartzito varia em diversos tons, como rosa, branco e bege. O pedido inclui mosaicos de todas as cores e de 11 cortes diferentes. No estande da DXB, as amostras de quartzito foram vendidas para um empresário do Líbano, que também gostou da qualidade das pedras brasileiras. “Nosso preço é um pouco mais alto que o dos chineses, mas a qualidade é muito melhor e é isso que os árabes querem”, disse Leandro.
De acordo com ele, muitos compradores queriam saber se a empresa não tinha lojas ou showroom no país árabe para fazer pedidos. “Agora queremos abrir um showroom aqui (em Riad) ainda este ano. Está sendo muito boa a receptividade. Vale a pena”, acrescentou o diretor. Além das pedras, a trading expôs na feira mesas para notebook, feitas em madeira e aço. “Foi uma novidade que fez o maior sucesso”, disse Leandro, que fechou a venda de dois contêineres, com 700 mesas, para um distribuidor na Arábia Saudita.
Outro produto que a DXB levou e fez sucesso foi a eletrofita, que é uma fita adesiva que substitui o fio elétrico. Segundo Leandro, ele levou 100 metros de fita de amostra e o produto já está no fim.
A DXB é umas sete empresas brasileiras que participa da feira. O pavilhão nacional foi organizado pela Conceito Brazil com o apoio da Câmara de Comércio Árabe Brasileira e da embaixada do Brasil em Riad.
Mercado potencial
O Sindicato da Indústria dos Artefatos de Metais Não Ferrosos de São Paulo (Siamfesp) também está com estande na feira. O presidente da entidade, Denis Perez Martins, visitou ontem diversos distribuidores e lojistas sauditas e acredita que existe um potencial enorme a ser explorado pelas empresas brasileiras. “Sentimos um potencial enorme para os nossos produtos. Temos preço e qualidade e não vejo dificuldade para competir no mercado”, afirmou o presidente.
Segundo ele, os árabes gostam de peças robustas e bem trabalhadas e importam geralmente da Europa e da Ásia. “A Arábia Saudita também é um grande centro de distribuição para outros países árabes. É um mercado muito promissor para o Brasil”, disse Martins, que acredita que os dois países ainda precisam se conhecer melhor.
Para o secretário-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, a feira está sendo muito boa. A entidade também recebeu contatos de importadores interessados em máquinas e ferramentas para a indústria de construção. A Saudi Build segue até hoje em Riad.