Túnis – O déficit comercial da Tunísia atingiu o valor recorde de 19,4 bilhões de dinares (US$ 6,9 bilhões) em 2019, segundo informações do Instituto Nacional de Estatísticas do país publicadas pela agência de notícias tunisiana TAP. Em 2018, a balança comercial havia registrado saldo negativo um pouco menor, de 19 bilhões de dinares (US$ 6,7 bilhões).
A Tunísia acumulou déficit principalmente no comércio com a China, Argélia, Itália, Turquia e Rússia. Por outro lado, o país registrou superávit nos negócios com a França e com o Marrocos.
As exportações tunisianas cresceram 7% no ano passado em relação a 2018, para 43,85 bilhões de dinares (US$ 15,56 bilhões). Houve aumento nos embarques dos setores de minérios, fosfatos e derivados, indústrias mecânicas e elétricas, têxteis, confecções e couros, energia (petróleo e gás), e outras indústrias de transformação.
Ocorreu queda, porém, nas vendas externas das indústrias agroalimentares, principalmente em função do recuo das exportações de azeite de oliva.
Na outra mão, as importações avançaram 5,4% na mesma comparação, para 63,26 bilhões de dinares (US$ 22,45 bilhões). Aumentaram as compras de grupos de produtos, como energia, especialmente gás natural; bens de capital, e produtos agrícolas e alimentícios básicos.
Caíram, no entanto, as importações de minérios, fosfatos e derivados, matérias-primas e semimanufaturados.
As vendas para a Europa responderam por 74% das exportações tunisianas.
Brasil
Para o Brasil, a Tunísia exportou o equivalente a US$ 60 milhões, um aumento de 106% sobre 2018, segundo dados da Câmara de Comércio Árabe Brasileira. Os principais produtos comercializados foram material elétrico, fertilizantes, petróleo, químicos e azeite de oliva.
As vendas do Brasil à Tunísia somaram US$ 219 milhões, uma redução de 23% na mesma comparação. Os principais itens da pauta são soja, açúcar, milho, café e tabaco.