São Paulo – A Tunísia foi eleita membro não permanente do Conselho de Segurança da ONU para o biênio 2020-2021, informou nesta terça-feira (11) a embaixada tunisiana em Brasília. É a quarta vez que o país árabe é conduzido ao órgão das Nações Unidas.
Em votação realizada na sexta-feira (07) pela Assembleia Geral da ONU, foram eleitos também membros não permanentes do conselho a Estônia, Níger, São Vicente e Granadinas, e Vietnã.
Segundo informações da ONU, os cinco países eleitos vão substituir a Costa do Marfim, Guiné Equatorial, Kuwait e Polônia, cujos mandatos terminam em 31 de dezembro de 2019. Permanecem como membros não permanentes por mais um ano a Bélgica, República Dominicana, Alemanha, Indonésia e África do Sul. Os membros permanentes do Conselho de Segurança são Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e China.
De acordo com a ONU, os novos membros foram eleitos conforme os seguintes critérios: três da Ásia e Ásia-Pacífico, um do Leste Europeu e um da América Latina e Caribe.
“A eleição da Tunísia pela quarta vez em sua história reflete o respeito que nosso país possui na arena internacional como pedra angular de sua política externa, e a confiança em sua capacidade de contribuir positivamente para os desafios associados à promoção e manutenção da paz e segurança internacionais”, diz comunicado divulgado pela embaixada tunisiana em Brasília. “Esta eleição destaca o forte apoio que [a Tunísia] goza especialmente nos grupos africanos e árabes, que confirmaram seu apoio a esta candidatura desde a Cúpula Árabe em setembro de 2014 e a Cúpula Africana em julho de 2018”, acrescenta.
A embaixada destaca ainda que a eleição ocorreu após o país sediar a última Cúpula Árabe, em março deste ano, e de ter sido escolhido para receber a Cúpula da Francofonia pela primeira vez em 2020.
No conselho, de acordo com a representação diplomática, a Tunísia vai apoiar “ações coletivas para promover a paz e a segurança internacionais, alcançar o bem-estar e o desenvolvimento sustentável dos povos do mundo e construir pontes de confiança, diálogo, solidariedade e cooperação entre todos os estados membros”. “Além disso, irá assegurar a defesa de posições comuns sobre as várias questões árabes e africanas perante o Conselho de Segurança, estando em primeiro lugar a causa palestina justa”, ressalta o comunicado.
A prioridades do país no conselho, segundo a embaixada, vão ser “a prevenção de conflitos, o reforço do compromisso do órgão de encontrar soluções pacíficas para conflitos existentes e a promoção de mulheres e jovens nestes esforços”, além de “priorizar o papel da Nações Unidas no combate ao terrorismo e extremismo, a fim de aumentar a eficácia das operações de paz e cooperação para o desenvolvimento”.