São Paulo – A Tunísia negocia com o Fundo Monetário Internacional (FMI) um acordo do tipo Precautionary Stand-By Arrangement no valor de US$ 1,78 bilhão. Esse instrumento, segundo o Fundo, é utilizado quando o país não tem intenção de utilizar o empréstimo, mas pode fazê-lo caso seja necessário. De acordo com nota divulgada nesta segunda-feira (04) pela instituição, a negociação está em “estágio avançado”.
A pedido do governo tunisiano, o FMI enviou uma missão ao país de 15 de janeiro a 01 de fevereiro. Segundo o chefe da missão, Amine Mati, os técnicos do Fundo avaliam que as políticas macroeconômicas e as reformas estruturais previstas pelas autoridades locais estão “adequadamente focadas na promoção do crescimento inclusivo”, sem abrir mão da estabilidade econômica em meio a um quadro internacional, regional e nacional ainda incerto.
A Tunísia deflagrou a Primavera Árabe, quando um levante popular provocou a renúncia do então presidente Zine Abdine Ben Ali, em janeiro de 2011, que estava há mais de duas décadas no poder. À instabilidade política e social somou-se a crise na Zona do Euro, que afetou o turismo e os investimentos no país.
O FMI informou que as necessidades de financiamento da Tunísia para este anos serão supridas pelas receitas estatais e outras fontes de recursos, e que o acordo em negociação tem como objetivo servir apenas como “medida de precaução” em caso de mais choques externos.
A delegação se encontrou com representantes do governo, Banco Central, parlamentares, bancos, empresas, partidos políticos, sindicatos e da sociedade civil.

