São Paulo – A Tunísia e o Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram a um acordo sobre um empréstimo de US$ 1,75 bilhão ao país. O anúncio foi feito na sexta-feira (19) pela diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde. O acordo, que ainda precisa ser aprovado pela diretoria executiva do FMI, tem duração de 24 meses. Os tunisianos poderão sacar o dinheiro em caso de necessidade.
Segundo Lagarde, o total representa 400% da cota da Tunísia no FMI e vai servir de apoio ao programa de reformas econômicas do governo tunisiano. Ela não deu detalhes das exigências feitas pela instituição para conceder o empréstimo, mas disse que “a implementação de um mix de políticas apropriado” vai ajudar a garantir a estabilidade macroeconômica, além de espaço para gastos prioritários e investimentos sociais.
Como parte desse “mix”, ela citou uma “melhor composição das despesas públicas”, uma “política monetária prudente” para conter a inflação e ao mesmo tempo garantir a estabilidade do setor bancário e uma “maior flexibilidade no câmbio” para melhorar as contas externas do país e suas reservas internacionais. Tudo isso feito paralelamente a “reformas estruturais para melhorar a competitividade da economia”.
Lagarde destacou que o acordo vai auxiliar o governo em seu projeto de promover o investimento privado, gerar empregos, reduzir as desigualdades e fortalecer os programas sociais.
O FMI negocia também um empréstimo com o Egito, mas no valor de US$ 4,8 bilhões. Nesse caso, porém, ainda não há acordo. Lagarde disse no domingo (21) que houve “progresso” nas discussões durante o final de semana, que ocorreram paralelamente às reuniões de primavera do FMI e do Banco Mundial, em Washington. Ela destacou que o trabalho vai continuar nas próximas semanas.


