São Paulo – A Tunísia deverá crescer mais em 2014 do que neste ano, afirmou na quarta-feira (25) ao parlamento tunisiano o primeiro-ministro do país, Ali Larayedh. De acordo com informações do jornal The Peninsula, do Catar, divulgadas nesta quinta-feira (26), Larayedh estimou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 4% no próximo ano, redução do déficit e aumento do orçamento nacional. Ele deixará o governo da Tunísia no próximo dia 14.
“Em 2013 o desempenho econômico foi positivo, mas não alcançou o resultado esperado”, afirmou o primeiro-ministro em relação às tensões políticas e às ameaças à segurança que impediram que o país crescesse mais. Segundo o líder tunisiano, o PIB de 2014 irá crescer 4%, contra expansão de 2,8% esperada para este ano.
A Tunísia deverá encerrar o próximo ano com déficit de 5,7% em suas transações. Para este ano, o déficit esperado é de 6,8%. A expectativa de Larayedh é que em 2014 o orçamento alcance US$ 15 bilhões, ou alta de 2,8% sobre o orçamento de 2013.
Mesmo em crescimento, o PIB não deverá ser suficiente para reduzir um dos principais problemas da Tunísia: o desemprego. No começo de dezembro, o Banco Mundial afirmou que o país do Norte da África precisa crescer pelo menos 4,5% ao ano para aumentar a geração de postos de trabalho e reduzir o desemprego, que atinge 15% da população e dobra entre os profissionais com curso superior.
A alta taxa de desemprego foi um dos motivos que levou ao início das revoltas no país, no fim de 2010, e que resultou na queda do presidente Zine El Abidine Ben Ali. Larayedh assumiu o governo em fevereiro deste ano, mas não foi capaz de reduzir as tensões no país. Sua renúncia foi pedida em julho, mas ele não deixou o governo na ocasião e postergou sua saída para o começo de 2014. Em 14 de janeiro, o ministro da Indústria, Medi Jomaa, assume o cargo de premiê.


