São Paulo – O turismo na Jordânia cresceu 32% nos primeiros cinco meses de 2010. O país recebeu 1,66 milhão de turistas no período, contra 1,257 milhão de janeiro a maio de 2009, segundo dados divulgados pelo governo do país. As receitas do setor cresceram 30%, alcançando 887 milhões de dinares jordanianos (US$ 1,25 bilhão) até maio. As informações são do site de notícias econômicas AMEInfo.
No ano passado, a participação do segmento no Produto Interno Bruto (PIB) do país foi de 18,3%, de acordo com o Conselho Mundial de Viagens e Turismo. Em 2009, houve diminuição de 5,7% no faturamento médio por quarto disponível, que foi de US$ 82,11. Na comparação com outros países da região a queda foi baixa.
Os turistas dos países do Golfo foram responsáveis por 38% das receitas de janeiro a maio. O aumento foi de 17% na comparação com o mesmo período no ano passado. A explicação é que a crise financeira internacional fez com que muitos turistas do Golfo optassem por viajar pelo próprio Oriente Médio e não para outras partes do mundo.
O número de pessoas que visitaram Petra, a mais famosa atração da Jordânia, cresceu 39,7% e chegou a 444,7 mil nos primeiros cinco meses deste ano. Os hotéis de Amã, a capital, foram os que apresentaram maior crescimento de ocupação entre as nações do Oriente Médio. A taxa cresceu 13,9% e a ocupação alcançou 71,1%. O gasto médio por quarto na cidade foi de US$ 114,44.
Projetos
As empresas têm cada vez mais interesse no setor turístico no país, o que pode ser notado pelos novos projetos que estão sendo criados. De acordo com a Petra, a agência de notícias oficial do país, a Al-Maabar, dos Emirados Árabes Unidos, está investindo US$ 10 bilhões no projeto Marsa Zayed, na cidade portuária de Ácaba, no Mar Vermelho.
O empreendimento, o maior do gênero já desenvolvido no país, tem como meta transformar Ácaba, que concentra a pequena faixa litorânea da Jordânia, em um grande destino de iatismo e cruzeiros. O projeto inclui edifícios residenciais, unidades comerciais, de lazer, de entretenimento e hotéis.
Já a Sama Jordan for Investment, a Real Estate and Tourism Development e a Jordan Agriculture Engineers Association anunciaram planos de investir US$ 100 milhões em um projeto no Mar Morto que terá arquitetura islâmica. O projeto Al Buhayra incluirá um resort com mil quartos rodeado por uma lagoa de 40 mil metros quadrados, a maior da região, segundo os desenvolvedores.
O hotel terá também uma piscina de 16 mil metros quadrados e áreas exclusivas para mulheres e crianças. A construção da primeira fase, que terá 200 suítes, começará em julho.
Royal Jordanian
No segundo semestre, as viagens à Jordânia devem aumentar ainda mais, segundo nota divulgada pela empresa aérea do país, a Royal Jordanian. Segundo o CEO da empresa, Hussein Dabbas, as reservas para julho e agosto já são as maiores da história da empresa, alcançando 320 mil.
Para suprir a demanda, a companhia aumentou o número de voos que chegam e partem de Amã para mais de 110 por dia. A empresa tem agora quatro voos diários para Beirute, três para Dubai, Cairo e Jeddah, duas para Abu Dhabi, Istambul, Damasco, Ácaba, Kuwait e Aleppo, além de vôos diários para Chicago, Bahrain, Doha, Bagdá, Bangkok, Colombo, Riad, Sharm El-Sheikh, Frankfurt e Londres.
*Tradução de Mark Ament

