São Paulo – O crescimento do PIB do setor turístico no mundo deve ficar em 3,1% este ano, superando a previsão de aumento da economia global, de 2,3%. É o que mostra o novo relatório do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) divulgado nesta segunda-feira (22).
O maior crescimento regional deverá ocorrer no sul da Ásia. Puxado pela Índia, o PIB turístico da região tem previsão de avançar 5,9%. Os países do Oriente Médio e da África têm estimativa de aumento de 3,7% em suas receitas turísticas. Isoladamente, o Egito tem previsão de crescimento de 5,8% no PIB do setor este ano, enquanto a Arábia Saudita deve avançar 2,8%.
A América Latina é a única região com previsão de queda no PIB turístico. Segundo o relatório, os países latino-americanos terão recuo de 0,9% no setor, uma queda liderada pelo Brasil, país com previsão de redução de 1,6% em seu PIB de turismo. O relatório informa que, apesar do efeito positivo que as Olimpíadas tiveram no Brasil, a previsão de queda no turismo do País é resultado de ‘tumultos políticos e fraco desempenho macroeconômico’.
O WTTC fez também uma análise do impacto da saída do Reino Unido da União Europeia. A entidade conclui que o setor turístico do Reino Unido terá um bom desempenho em 2016, com crescimento de 3,6%. Segundo o estudo, uma previsão de gastos menores no turismo doméstico será compensada com maiores gastos de visitantes internacionais no Reino Unido, resultado de uma taxa de câmbio mais favorável com a depreciação da libra esterlina.
“Nosso relatório atualizado destaca a resiliência dos viajantes e a robustez do nosso setor, já que o turismo continua a ultrapassar o crescimento da economia global em quase 1%. Enquanto nós não devemos minimizar o impacto de incidentes ou tumultos em casos individuais de países, no nível macroeconômico, nós continuamos a registrar um forte crescimento”, apontou David Scowsill, presidente e CEO do WTTC, em nota divulgada pela entidade.
“É importante lembrar que o turismo é uma força para o bem. Ele traz enormes benefícios sociais e econômicos para os países e conecta pessoas de diferentes culturas. Pedimos aos governos para continuar a focar nos benefícios sociais e econômicos do setor de viagens e turismo, e que trabalhem junto ao setor privado para combater alguns dos desafios que temos”, completou o executivo.


