São Paulo – Duas palestras na próxima semana vão apresentar aspectos da história, cultura, arqueologia e religião libanesas a turistas brasileiros que estão no país árabe. Nesta segunda-feira (23), a excursão “Eu Amo o Líbano”, que viajou com organização da Líbano Tour Agência de Viagens, participa de uma delas, e na sexta-feira (27), um grupo de turistas que passeia pelo país a partir da iniciativa da Igreja Maronita de Campinas ouvirá a outra palestra.
As duas palestras serão dadas pelo escritor e pesquisador brasileiro Roberto Khatlab (foto acima), que mora no país árabe e é diretor do Centro de Estudos e Culturas da América Latina (Cecal), na Universidade Saint-Esprit de Kaslik (Usek), uma instituição de ensino libanesa. As apresentações serão em português.
O pesquisador falará a eles sobre a imigração libanesa no mundo e particularmente no Brasil, que foi atraída por imperador Dom Pedro II em suas viagens ao Oriente Médio em 1871 e 1876. A visão do Líbano como um país de contínua emigração também será abordada. “Um Líbano mundialista desde épocas remotas”, explica Khatlab.
A maior parte dos brasileiros que integram os grupos turísticos têm origem libanesa e o fluxo desse tipo de turismo tem sido a maior parte das viagens partindo do Brasil ao país árabe, segundo Khatlab. “A viagem turística que eles fazem ao Líbano tem também seu lado sentimental, é uma busca de raízes, de conhecer a terra dos seus ancestrais. Os que não têm origem libanesa ficam emocionados”, afirma o escritor.
Khatlab percebe um aumento do fluxo de turistas brasileiros no Líbano e acredita que entre as causas estão os vários programas de televisão brasileiros que mostram o país com sua cultura, história, sítios arqueológicos e diversão, um lugar acessível a todos. “Os brasileiros e outros latino-americanos estão ‘invadindo’ o Líbano”, diz Khatlab.
A palestra para o grupo de turistas “Eu amo o Líbano”, desta segunda-feira, será às 20 horas, no Hotel Coral Beach, em Beirute. O grupo é acompanhado por um dos seus fundadores, Luciano Aschkar. A da sexta-feira, para o grupo da Igreja Maronita, ocorrerá às 16 horas, na Usek, em Jounieh. Esta última turma é coordenada pelo padre Silouanos Chamoun.