São Paulo – A empresária Raquel Cruz sempre gostou de cremes. A ponto de nunca deixar faltar algum sobre a mesa do trabalho, quando era secretária-executiva. Com o tempo, o apreço pelos produtos cresceu tanto que ela decidiu mudar de rumo. E dividir com os consumidores a sua paixão pelos cosméticos. Mas não por quaisquer cosméticos. Estavam lançadas as bases da Feitiços Aromáticos, a empresa de Raquel, com fábrica na capital paulista, vendas para todo o Brasil e exportações para Angola, Espanha e Portugal.
“Todos os nossos cosméticos têm um conceito, um porquê”, explica a empreendedora. No catálogo da empresa estão itens como cremes para o corpo, colônias, óleos, aromatizadores de ambiente, sais e sabonetes líquidos, entre outros. “São produtos que podem ajudar a relaxar, dar energia, seduzir”, diz Raquel. “Tudo de acordo com a vontade do cliente, atendo pessoas que queriam o mesmo que eu quando abri a empresa”, conta.
Foi assim, entre cremes e perfumes, que a empresária conseguiu estar presente em mais de 2 mil pontos de venda no país. Os itens mais vendidos da marca? “A colônia Feitiço do Amor, feita com uma mistura de essências, e o óleo de massagem de morango e champagne”, diz Raquel.
Já a entrada no mercado externo, hoje responsável por 10% do faturamento da empresa, se deu com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em São Paulo (Sebrae-SP). “Participei do programa ‘Planejando para internacionalizar’, o que me ajudou bastante”, conta a empreendedora, que no momento negocia vendas para a Colômbia e a Itália. Os países do Oriente Médio também estão na mira. “Sabemos como as mulheres árabes são vaidosas e gostam de cosméticos, são mercados que nos interessam muito”, afirma.
Atenção para o acabamento
Assim como a Feitiços Aromáticos encontrou seu espaço num setor disputado como o de higiene e beleza, a fabricante de bijuterias Bruna Semijóias, de Bauru, no interior paulista, também cresceu e se firmou por oferecer diferenciais aos compradores. “Nos destacamos pelo design e acabamento”, afirma Valter Amaral, gerente de Comércio Exterior da empresa.
Ele explica que, além do trabalho de polimento caprichado das peças antes delas serem banhadas a ouro, são várias as etapas, da limpeza à folheação, garantindo uma durabilidade maior do dourado das semijóias. “A concorrência normalmente usa uma quantidade de ouro proporcional ao peso de cada peça”, diz Amaral. “Mas nós trabalhamos com várias camadas de folheamento, mesmo nos produtos mais leves”.
A preocupação com o brilho e o design “que acompanha a moda”, diz Amaral, fez com a que os brincos, anéis e pulseiras da Bruna Semijóias chegassem a mercados como Benim, Chile, Colômbia, Costa do Marfim, Equador, México, Nigéria, Panamá e Venezuela. “As exportações representam 30% do nosso faturamento”, conta.
Segundo o executivo, o avanço no exterior está ligado ainda a uma outra característica da empresa: a agilidade no atendimento. “Procuramos manter um certo estoque para entregar mais rápido as encomendas”, diz Amaral, que garante não brincar em serviço na hora de mandar as semijóias sempre douradinhas da Bruna para onde for.