Erbil – A bandeira brasileira pendurada no estande da embaixada do Brasil no Iraque, na Feira Internacional de Erbil, no Curdistão Iraquiano, vale mais que mil palavras. Os brasileiros do evento não falam curdo e nem os curdos falam português ou inglês, mas o que importa mesmo é tirar foto ao lado da bandeira.
No terceiro dia da feira, o secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe Brasileira, Michel Alaby, já perdeu a conta de quantos iraquianos pararam para tirar foto ao lado da bandeira. "É o sucesso do estande", disse Alaby. Grupos de amigos se revezam e fazem poses para tirar uma foto. Os mais despreparados registram o momento com o próprio celular, outros levam suas câmeras fotográficas e ajustam o zoom e o enquadramento.
Os visitantes que param no estande não são apenas os homens de negócios, mas são crianças, adolescentes e até os guardas e seguranças do evento. A felicidade estampada na cara dos iraquianos ao lado da bandeira brasileira contribui para que eles arrisquem dizer algumas palavras, como Ronaldo, Ronaldinho, Kaká e Robinho, ou até mesmo samba e Rio de Janeiro.
Com a receptividade brasileira no estande, os iraquianos vão além e pedem para que os brasileiros presentes se juntem a eles para uma foto. No caso do iraquiano Saad Awakim, engenheiro que já trabalhou no Brasil, a alegria foi tanta que ele fez até um convite para os brasileiros irem conhecer a casa dele em Erbil. Antes de deixar o estande ele disse, "agora mais uma foto para mostrar ao meu filho".
Além de tirar foto da bandeira, os iraquianos, que arriscam no inglês, param no estande para pedir informações sobre o visto brasileiro. Perguntam se não há consulado, embaixada ou escritório do Brasil no Curdistão – que não há- e agradecem as informações.
Um detalhe curioso da feira multissetorial do Curdistão é o público que visita o evento. Além dos empresários, distribuidores, importadores e lojistas, a feira é aberta ao público, o que atrai centenas de famílias com crianças. Por fim, a feira acaba sendo o show da cidade de Erbil.