São Paulo – A Câmara de Comércio Árabe Brasileira e a Fundação Biblioteca Nacional (FBN) assinaram nesta segunda-feira (20), na sede da Câmara Árabe, em São Paulo, um acordo de cooperação técnica para a realização de projetos em parceria. O objetivo é ampliar a difusão do conhecimento sobre a cultura e presença árabe no Brasil.
O acordo prevê diversas atividades, desde o intercâmbio de documentos digitais até a realização de eventos e exposições. Do encontro de assinatura, participaram o vice-presidente de Relações Internacionais e secretário-geral da Câmara Árabe, Mohamad Orra Mourad, a vice-presidente de Marketing da instituição, Silvia Antibas, e o presidente da FBN, Marco Lucchesi.
A FBN tem, em seu acervo, diversos documentos que se referem à cultura árabe, como jornais de comunidades de imigrantes, além de mapas antigos e edições do Alcorão, o livro sagrado do islamismo. A Câmara Árabe, é, no Brasil, a sede do Projeto de Digitalização da Memória da Imigração Libanesa para a América Latina, uma iniciativa da Universidade Saint-Esprit de Kaslik para reunir e digitalizar documentos de migrantes libaneses na região.
Lucchesi, Antibas e Mourad discutiram formas de ampliar a difusão desse patrimônio, e, sobretudo, do conhecimento sobre a imigração e a memória árabes ao Brasil em projetos futuros, entre os quais uma revisão da catalogação dos documentos árabes do acervo da FBN. Além disso, afirmou Lucchesi, a instituição tem o interesse em ampliar o projeto Resgate Barão do Rio Branco, que busca catalogar e reproduzir documentação manuscrita referente ao período anterior à Independência do Brasil, em 1822.
“O projeto deverá ampliar o conhecimento, a pesquisa da influência da cultura árabe no Brasil e sair de São Paulo. E a entrada da Fundação Biblioteca Nacional dá credibilidade ao projeto”, afirmou Antibas. Para Mourad, o acordo será a oportunidade de “preencher lacunas” na reconstrução da história da imigração, além de “enriquecer a ponte entre as culturas árabe e brasileira”.
“A Câmara Árabe entra como uma grande apoiadora das riquezas da casa, a partir da digitalização de jornais árabes escritos no Brasil. E ampliar o raio de atuação do projeto Resgate Barão do Rio Branco, de buscar nos arquivos, o que existe de Brasil no mundo”, afirmou Lucchesi.


